O Serviço de Coleção Científica e Popularização da Ciência da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (SCCPC-DPD), da Fundação Ezequiel Dias (Funed) lança seu novo aplicativo “Serpentes de Minas Gerais”. Desta vez, o dispositivo faz um apanhado das cobras mais comuns que podem ser encontradas no estado.
A bióloga e idealizadora do dispositivo, Giselle Cotta, explica que a função do novo App é justamente mostrar as características das cobras que podem ou não provocar acidentes. “O aplicativo se baseia em perguntas que vão levar o usuário a descobrir, por meio das características das serpentes apresentadas, se elas são ou não peçonhentas. Informações como a presença ou ausência da fosseta loreal, cor do animal e forma da cauda são alguns dos traços observáveis”, ilustra.
O App pode ser usado tanto por profissionais da Saúde que estejam fazendo algum atendimento à pessoa vítima de acidente, quanto por moradores de regiões rurais ou pessoas que gostam de fazer trilhas e que cruzam frequentemente com esses animais. Giselle conta que a linguagem lúdica e de fácil compreensão do aplicativo permite até mesmo que crianças usem o dispositivo em atividades pedagógicas com o objetivo de conhecerem melhor a fauna mineira.
O “Serpentes de Minas Gerais” está disponível na loja da Funed no Google Play, pode ser facilmente encontrado no Portal da Fundação, e também pode ser acessado offline, o que permite que as pessoas confiram as informações mesmo em locais sem internet.
Além do caminho com as diversas informações e características, o usuário tem acesso a um glossário que explica diversos termos, como as diferentes dentições das serpentes, que podem ser áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa. O dispositivo também contém uma lista atualizada com os locais de atendimento em caso de acidentes com animais peçonhentos.
Giselle destaca que, embora o aplicativo seja simples e de fácil acesso para qualquer público, a elaboração levou em conta informações validadas de acordo com bibliografia disponível e os rigorosos critérios da metodologia científica.
A construção do dispositivo foi possível por meio dos recursos da Chamada 07/2015 – Popularização da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Além de Giselle, o bolsista Leonardo Carvalho, a ex-bolsista Layane Martins e a bióloga Flávia Cappuccio participaram da equipe que idealizou o App. “Este aplicativo pode ser o embrião para diversos dispositivos que poderão mapear as espécies presentes em outros estados do país. Atualmente, apenas Rio Grande do Sul e Pará possuem um levantamento parecido”, aponta a pesquisadora.
Conheça também dois outros aplicativos desenvolvidos pela Funed: “Mundo dos Venenos” e “Cobra Coral”.
Fonte: Agência Minas