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A atuação caótica de autoridades brasileiras no enfrentamento da crise do novo coronavírus, sem uma ação "coordenada e centralizada", levou o país a uma "catástrofe humanitária", denunciou nesta quinta-feira (15) a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF).
"A falta de vontade política para agir de forma adequada ante esta pandemia é responsável pela morte de milhares de brasileiros", apontou a organização.
Desde o começo da pandemia, o novo coronavírus já causou mais de 360 mil mortes no país, balanço superado apenas pelos Estados Unidos. Nas últimas semanas, a crise de saúde se agravou, a ponto de causar 66 mil óbitos apenas no mês de março e uma média diária de 3 mil mortos na última semana.
"Na semana de 5 de abril, 11% dos novos casos de Covid-19 foram registrados no Brasil, assim como um quarto das mortes", assinalou a organização, para a qual "essas cifras ilustram a incapacidade das autoridades de gerenciar a crise sanitária e humanitária no país e de proteger os brasileiros do vírus, principalmente os mais vulneráveis".
O presidente Jair Bolsonaro continua minimizando a gravidade da pandemia e fazendo críticas às medidas restritivas decretadas por governadores e prefeitos. Especialistas observam que, diante da ausência de uma coordenação nacional, as medidas locais se tornam confusas, ineficazes e pouco respeitadas pela população.
"No Brasil, os problemas de saúde pública são instrumentalizados pelo poder político", assinalou o presidente internacional da MSF, Christos Christou. "Em consequência, as medidas sanitárias que devem ser tomadas com base em fatos científicos se associam mais a opiniões políticas, em vez de serem um marco de proteção dos indivíduos e de suas comunidades".
Foto/ Divulgação
O Senado deu ontem o primeiro passo para instalar uma CPI a fim de apurar eventuais "omissões" do governo Bolsonaro na luta contra a pandemia.
"A falta de planejamento e coordenação entre as autoridades de saúde federais, estaduais e municipais teve consequências fatais", destacou Pierre Van Heddegem, coordenador da unidade de emergência para a resposta à Covid-19 da MSF no Brasil.
"Não apenas os pacientes morrem sem poder ter acesso à saúde, mas também as equipes médicas estão exaustas e sofrem com graves traumas psicológicos e emocionais devido às condições de trabalho", acrescentou.
A MSF, presente no país desde 1991, mobilizou equipes em oito estados brasileiros no começo da pandemia e apoia "mais de 50 estabelecimentos de saúde", focando no atendimento aos pacientes mais vulneráveis. Em 2021, a organização mantém equipes em três estados do Norte duramente afetados pela pandemia: Rondônia, Roraima e Amazonas.
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A atuação caótica de autoridades brasileiras no enfrentamento da crise do novo coronavírus, sem uma ação "coordenada e centralizada", levou o país a uma "catástrofe humanitária", denunciou nesta quinta-feira (15) a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF).
"A falta de vontade política para agir de forma adequada ante esta pandemia é responsável pela morte de milhares de brasileiros", apontou a organização.
Desde o começo da pandemia, o novo coronavírus já causou mais de 360 mil mortes no país, balanço superado apenas pelos Estados Unidos. Nas últimas semanas, a crise de saúde se agravou, a ponto de causar 66 mil óbitos apenas no mês de março e uma média diária de 3 mil mortos na última semana.
"Na semana de 5 de abril, 11% dos novos casos de Covid-19 foram registrados no Brasil, assim como um quarto das mortes", assinalou a organização, para a qual "essas cifras ilustram a incapacidade das autoridades de gerenciar a crise sanitária e humanitária no país e de proteger os brasileiros do vírus, principalmente os mais vulneráveis".
O presidente Jair Bolsonaro continua minimizando a gravidade da pandemia e fazendo críticas às medidas restritivas decretadas por governadores e prefeitos. Especialistas observam que, diante da ausência de uma coordenação nacional, as medidas locais se tornam confusas, ineficazes e pouco respeitadas pela população.
"No Brasil, os problemas de saúde pública são instrumentalizados pelo poder político", assinalou o presidente internacional da MSF, Christos Christou. "Em consequência, as medidas sanitárias que devem ser tomadas com base em fatos científicos se associam mais a opiniões políticas, em vez de serem um marco de proteção dos indivíduos e de suas comunidades".
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O Senado deu ontem o primeiro passo para instalar uma CPI a fim de apurar eventuais "omissões" do governo Bolsonaro na luta contra a pandemia.
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A MSF, presente no país desde 1991, mobilizou equipes em oito estados brasileiros no começo da pandemia e apoia "mais de 50 estabelecimentos de saúde", focando no atendimento aos pacientes mais vulneráveis. Em 2021, a organização mantém equipes em três estados do Norte duramente afetados pela pandemia: Rondônia, Roraima e Amazonas.