MUNIZAÇÃO

Apenas para completar a imunização dos idosos de 67 anos, o que estava previsto para acontecer nessa segunda-feira (3), Belo Horizonte precisaria de 26 mil doses de Coronavac. Porém, a capital mineira dispõe, no momento, de apenas 10 mil doses do imunizante - ou seja, ainda faltam 16 mil. A informação é da  Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de Belo Horizonte.

Para evitar uma corrida aos postos, a SMSA informou que continuam suspensas a aplicação da segunda dose nos idosos com idade entre 67 e 64 anos, mesmo com esse estoque. A SMSA revelou que, assim que uma nova remessa com mais de 16 mil doses chegar, dará início à vacinação do grupo. 

A última remessa que chegou à capital  continha somente 770 doses, relativas ao 15º lote recebido pelo governo de Minas Gerais. O Instituto Butantan, que produz a Coronavac, por sua vez, informou, no Twitter, que o próximo lote do imunizante será entregue ao governo federal somente na próxima quinta-feira (6), com 1 milhão de doses. Na semana que vem, há previsão  de entrega de mais 4 milhões do imunizante para o governo federal.

Em BH, além dos idosos de 67 anos, também está temporariamente interrompida a vacinação dos moradores entre 66 e 64 anos. Segundo a prefeitura, são necessárias cerca de 80 mil doses para completar o esquema vacinal desse grupo.

A SMSA chegou a fazer uma reserva técnica das doses. "No entanto, com a falta de repasse de novas doses, só foi possível contemplar a faixa etária até 68 anos", informou. A pasta declarou que a aplicação da segunda dose entre 15 e 21 dias após o recomendado pelo laboratório (28 dias) não compromete a eficácia da vacina.

Outro entrave para dar sequência à imunização teria sido o déficit de doses recebidas. Em março, verificou-se que a maioria dos frascos de Coronavac não continham as 10 doses informadas, mas, nove doses. "Isso gera uma perda de, pelo menos, 10% do total".

(com Renata Evangelista)