ELEIÇÕES 2026

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nessa terça-feira (8/4) que não tem interesse em disputar uma vaga no Senado. Segundo ele, seu perfil é o de gestor e não de parlamentar. A declaração foi feita durante a inauguração da Casa da Liberdade, em Brasília, evento promovido pela Frente Parlamentar pelo Livre Mercado.

Durante entrevista coletiva, Zema descartou disputar uma vaga no Senado, alegando que seu perfil é mais executivo do que legislativo. "Tudo é possível, mas não me sinto muito confortável no Legislativo. Sou um executor. Minha vida toda foi de executor do setor privado. Gosto muito mais de estar em campo, acompanhando, decidindo, do que propriamente debatendo. É uma questão de perfil", revelou.

Ele criticou duramente a atual política econômica do governo federal, classificando-a como prejudicial ao crescimento do país. “Estamos vendo o Brasil com inflação alta, juros altos, déficits crescentes, o que só é bom para quem é rentista, para quem tem milhões aplicados. O pobre sofre com a inflação e aquele que tem milhões aplicados recebe cada vez mais pelo seu dinheiro devido à alta de juros”, afirmou.

Zema ainda responsabilizou o governo Lula pelos obstáculos ao investimento privado e pelo desestímulo ao setor produtivo. “O Brasil precisa de gestores públicos que venham oxigenar esse sistema que já se esgotou, que já faliu, que não vai trazer um futuro promissor. É um sistema que só olha para o próprio umbigo, que só quer distribuir favores entre quem o compõe. O povo é uma perturbação”, disparou. “Vi isso dentro de Minas Gerais, e conseguimos mudar essa questão, essa visão", criticou.

Sobre a possibilidade de disputar a presidência da República em 2026, ele disse está disposto a contribuir com o país, sobretudo em um cenário em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não consiga reverter a sua inelegibilidade.

"O presidente Jair Bolsonaro é o maior nome da direita. Continuo confiante que ele pode reverter a inelegibilidade e nós governadores de direita, com toda certeza, estaremos apoiando esse nome, que é o maior. Caso isso não aconteça, nós vamos ter que conversar muito. Somos vários governadores em segundo mandato, não podemos nos reeleger e temos governos bem avaliados. Então, espero que a direita caminhe de forma unida em 2026", disse o governador.