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A Polícia Federal deflagrou uma operação no Amazonas, na manhã desta quinta-feira (3), contra um grupo suspeito de usar estrutura do Estado, inclusive forças policiais, para beneficiar uma chapa concorrente à Prefeitura de Parintins, município famoso por sediar o festival de bois bumbás, com disputa entre Garantido e Caprichoso.
O grupo, formado por políticos que até a tarde de quarta-feira (2) integravam a alta cúpula do governo estadual, usaria da força para comprar votos, ameaçar eleitores e impedir que adversários fizessem campanhas em determinados bairros, agindo como uma milícia, segundo investigação da PF.
Os agentes públicos, incluindo comandantes de forças especiais da Polícia Militar, teriam inclusive se aliado a uma facção criminosa que controla o tráfico de drogas para impedir a livre circulação de candidatos por Parintins e monitorar policiais federais que estavam na cidade para apurar os crimes eleitorais.
“Durante as investigações, surgiram indícios de ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção criminosa nacional de tráfico de drogas, proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros, bem como vedação de circulação em determinadas localidades”, disse a PF em nota.
“Aliado a isso, foram colhidos indícios acerca da possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins. As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, completou.
Secretários filmados em reunião com oficiais da PM
Agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em locais diferentes nesta quinta-feira, em operação que envolveu 50 policiais federais.
Entre os alvos estão o ex-diretor presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando do Valle, o ex-secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, e o ex-secretário de Estado de Administração, Fabrício Barbosa.
Também são investigados o ex-comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), tenente-coronel Jackson Ribeiro e capitão Guilherme Navarro, chefe do setor de inteligência da Rocam.
Na segunda-feira (30), uma juíza eleitoral suspendeu a entrega de cestas básicas em Parintins e mandou afastar o comandante da PM na cidade. A decisão, segundo ela, foi motivada por suspeitas de abuso de poder político nas eleições.
O presidente da Cosama e os dois secretários de Estado foram exonerados no fim da tarde de quarta-feira. Eles haviam sido filmados em uma reunião suspeita de favorecer a candidata Brena Dianná, do União Brasil, em Parintins.
O vídeo, de agosto deste ano, mostra uma reunião entre os então secretários e os dois oficiais da PM, em que supostamente planejavam ações que poderiam interferir nas eleições de Parintins.
As exonerações ocorreram após o Ministério Público Estadual fazer recomendação ao governo do Amazonas. Na terça-feira (1º), o MP abriu um procedimento para investigar improbidade administrativa e questões de segurança pública, motivado por investigação iniciada após a divulgação do vídeo da reunião entre os secretários de Estados e os oficiais da PM.
O caso foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República e ao procurador regional eleitoral, devido ao foro privilegiado dos secretários. Além disso, a portaria foi enviada ao governador Wilson Lima (União Brasil).
Em nota, ele disse que as exonerações visam “assegurar a lisura das investigações e permitir que os envolvidos se defendam adequadamente, com possibilidade de retorno aos cargos se provada a inocência”.
PF deslocou reforço para garantir liberdade de votos em Parintins
Como se trata de crime eleitoral, o caso chegou à PF, que desencadeou a Operação Tupinambarana Liberta nesta quinta. Ela investiga crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, abolição do estado democrático de direito, uso de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.
O nome da Operação decorre do termo usado atualmente pelos moradores de Parintins, chamando-a de “ilha Tupinambarana, a ilha da magia”, fazendo referência a região que foi habitada por diversas etnias indígenas, dentre elas os Tupinambás.
Além dos mandados de busca, a Justiça Eleitoral determinou a proibição do acesso dos investigados à cidade de Parintins e a proibição de contato dos investigados entre si e com coligações partidárias do referido Município.
“A Superintendência Regional da Polícia Federal providenciou, esta semana, o aumento do efetivo policial no município de Parintins visando garantir a segurança do pleito na cidade, bem como a liberdade da população para exercer livremente o direito democrático ao voto”, disse a PF em nota.
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Os agentes públicos, incluindo comandantes de forças especiais da Polícia Militar, teriam inclusive se aliado a uma facção criminosa que controla o tráfico de drogas para impedir a livre circulação de candidatos por Parintins e monitorar policiais federais que estavam na cidade para apurar os crimes eleitorais.
“Durante as investigações, surgiram indícios de ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção criminosa nacional de tráfico de drogas, proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros, bem como vedação de circulação em determinadas localidades”, disse a PF em nota.
“Aliado a isso, foram colhidos indícios acerca da possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins. As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, completou.
Secretários filmados em reunião com oficiais da PM
Agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em locais diferentes nesta quinta-feira, em operação que envolveu 50 policiais federais.
Entre os alvos estão o ex-diretor presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando do Valle, o ex-secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, e o ex-secretário de Estado de Administração, Fabrício Barbosa.
Também são investigados o ex-comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), tenente-coronel Jackson Ribeiro e capitão Guilherme Navarro, chefe do setor de inteligência da Rocam.
Na segunda-feira (30), uma juíza eleitoral suspendeu a entrega de cestas básicas em Parintins e mandou afastar o comandante da PM na cidade. A decisão, segundo ela, foi motivada por suspeitas de abuso de poder político nas eleições.
O presidente da Cosama e os dois secretários de Estado foram exonerados no fim da tarde de quarta-feira. Eles haviam sido filmados em uma reunião suspeita de favorecer a candidata Brena Dianná, do União Brasil, em Parintins.
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O caso foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República e ao procurador regional eleitoral, devido ao foro privilegiado dos secretários. Além disso, a portaria foi enviada ao governador Wilson Lima (União Brasil).
Em nota, ele disse que as exonerações visam “assegurar a lisura das investigações e permitir que os envolvidos se defendam adequadamente, com possibilidade de retorno aos cargos se provada a inocência”.
PF deslocou reforço para garantir liberdade de votos em Parintins
Como se trata de crime eleitoral, o caso chegou à PF, que desencadeou a Operação Tupinambarana Liberta nesta quinta. Ela investiga crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, abolição do estado democrático de direito, uso de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.
O nome da Operação decorre do termo usado atualmente pelos moradores de Parintins, chamando-a de “ilha Tupinambarana, a ilha da magia”, fazendo referência a região que foi habitada por diversas etnias indígenas, dentre elas os Tupinambás.
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