Brasília - A saída dos 8,5 mil profissionais cubanos do programa Mais Médicos em razão das declarações e exigências feitas pelo presidente eleito jair Bolsonaro (PSL) para que eles continuassem atuando no Brasil, deverá deixar 611, dos 3.228 municípios atendidos pelo programa, sem nenhum médico para atender a população. A afirmação é do presidente do Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira.
Segundo ele, os 611 municípios que constam no levantamento da entidade, são atendidos exclusivamente pelos profissionais cubanos. A expectativa, de acordo com Junqueira, agira está na celeridade que o Governo federal deverá dar para repor as vagas que serão deixadas em aberto.
Entre as medidas emergenciais citadas pelo Ministério da Saúde está a abertura de um edital para que médicos formados no Brasil ocupem os postos em aberto. "Algumas regiões possivelmente ficarão sem médico por um período entre 60 e 90 dias. Tudo vai depender da celeridade do Ministério da Saúde e do número de inscritos na primeira chamada. O Conselho Federal de Medicina afirmou que tem médicos disponíveis no Brasil, vamos torcer para que todos se inscrevam", afirmou o presidente do Conasems.