array(31) {
["id"]=>
int(121022)
["title"]=>
string(96) "Retirada de R$ 1 bi para universidades em 2021 torna situação 'insustentável', dizem reitores"
["content"]=>
string(5251) "EDUCAÇÃO
O corte de R$ 1 bilhão que o governo Jair Bolsonaro prevê no orçamento das universidades federais em 2021 pode inviabilizar as atividades essenciais de ensino, pesquisa e também de assistência estudantil, segundo a Andifes, órgão que representa os reitores.
Além de exigir a manutenção desses recursos, a entidade calcula que será necessário o aporte de mais R$ 200 milhões no orçamento - principalmente por causa do impacto da pandemia de coronavírus, o que tem exigido investimento em atividades remotas e medidas sanitárias.
A conclusão das universidades é que os desdobramentos da pandemia continuarão afetando as instituições também no ano que vem. Pelo menos até que haja segurança com relação a uma vacina para a Covid-19.
O governo planeja um corte no MEC (Ministério da Educação) de 18,2% nos recursos discricionários, que excluem salários, por exemplo. Esse percentual significa uma queda de R$ 4,2 bilhões nessa rubrica, passando dos atuais R$ 22,96 bilhões para R$ 18,78 bilhões em 2021.
O mesmo percentual se aplica no montante destinado às universidades e aos institutos federais. Nas universidades, isso representa R$ 1 bilhão e nos institutos, R$ 434 milhões.
A previsão consta nos referenciais monetários que o Ministério da Economia trabalha para a elaboração da Lei Orçamentária do próximo ano. O governo tem até o fim deste mês para enviar o projeto ao Congresso.
Em junho, o MEC havia encaminhado à área econômica ofício em que argumenta o risco de impacto em ações como a realização do Enem, pagamento de bolsas de pesquisa e o custeio para funcionamento de universidades. A pasta pediu, na ocasião, um aporte de R$ 6,8 bilhões, mas a a área econômica não voltou atrás até agora.
Reitores já receberam informativos com os valores de cada instituição –o país conta com 68 universidades e 38 institutos federais.
"A anunciada redução linear de 18,2% nos limites orçamentários tornará a situação insustentável", diz nota da Andifes. "Com esse corte, nenhuma instituição poderá cumprir suas finalidades de ensino, pesquisa e extensão no próximo ano".
"Sendo bem conservadores, estamos estimando [uma necessidade de] mais R$ 200 milhões para que o sistema possa minimamente funcionar", disse o presidente da Andifes, Edward Madureira, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (12). Madureira disse que as instituições farão todos os esforços para não reduzir a previsão de ingresso de novos alunos.
Mas o corte também atinge o orçamento para assistência estudantil, área preservada no ano passado mesmo quando perdurou um congelamento de repasses. Segundo a Andifes, o dinheiro direcionado para o pagamento de auxílios a estudantes carentes terá uma redução de R$ 185 milhões.
A entidade ainda pressiona o governo Bolsonaro por causa de uma regra que impediu a reposição de professores (no caso de aposentadoria, por exemplo). A projeção é que haja nas federais 4.500 cargos de docentes para reposição, cuja efetivação está impedida, o que pode inviabilizar as atividades de ensino.
Em nota, o MEC defendeu que, em razão da crise econômica causada pela pandemia, a "administração pública terá que lidar com uma redução no orçamento" para 2021. "O que exigirá um esforço adicional na otimização dos recursos públicos e na priorização das despesas", diz a nota.
A pasta argumenta que, para minimizar o impacto da redução prevista para 2021, haverá a liberação de 100% dos recursos alocados nas universidades previstos no orçamento deste ano.
O ministério também informou que liberou dinheiro adicional para projetos como painéis fotovoltaicos, vigilância eletrônica e conclusão de obras para redução de aluguéis. Esses recursos totalizam, segundo o MEC, cerca de R$ 450 milhões.
"
["author"]=>
string(27) "Paulo Saldaña / FolhaPress"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(568738)
["filename"]=>
string(17) "federalescola.jpg"
["size"]=>
string(6) "359073"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(9) "politica/"
}
["image_caption"]=>
string(16) "Foto: arquivo/DP"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(0) ""
["author_slug"]=>
string(24) "paulo-saldana-folhapress"
["views"]=>
int(72)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(89) "retirada-de-r-1-bi-para-universidades-em-2021-torna-situacao-insustentavel-dizem-reitores"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-08-13 13:36:22.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-08-13 13:36:22.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2020-08-13T13:40:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(26) "politica/federalescola.jpg"
}
EDUCAÇÃO
O corte de R$ 1 bilhão que o governo Jair Bolsonaro prevê no orçamento das universidades federais em 2021 pode inviabilizar as atividades essenciais de ensino, pesquisa e também de assistência estudantil, segundo a Andifes, órgão que representa os reitores.
Além de exigir a manutenção desses recursos, a entidade calcula que será necessário o aporte de mais R$ 200 milhões no orçamento - principalmente por causa do impacto da pandemia de coronavírus, o que tem exigido investimento em atividades remotas e medidas sanitárias.
A conclusão das universidades é que os desdobramentos da pandemia continuarão afetando as instituições também no ano que vem. Pelo menos até que haja segurança com relação a uma vacina para a Covid-19.
O governo planeja um corte no MEC (Ministério da Educação) de 18,2% nos recursos discricionários, que excluem salários, por exemplo. Esse percentual significa uma queda de R$ 4,2 bilhões nessa rubrica, passando dos atuais R$ 22,96 bilhões para R$ 18,78 bilhões em 2021.
O mesmo percentual se aplica no montante destinado às universidades e aos institutos federais. Nas universidades, isso representa R$ 1 bilhão e nos institutos, R$ 434 milhões.
A previsão consta nos referenciais monetários que o Ministério da Economia trabalha para a elaboração da Lei Orçamentária do próximo ano. O governo tem até o fim deste mês para enviar o projeto ao Congresso.
Em junho, o MEC havia encaminhado à área econômica ofício em que argumenta o risco de impacto em ações como a realização do Enem, pagamento de bolsas de pesquisa e o custeio para funcionamento de universidades. A pasta pediu, na ocasião, um aporte de R$ 6,8 bilhões, mas a a área econômica não voltou atrás até agora.
Reitores já receberam informativos com os valores de cada instituição –o país conta com 68 universidades e 38 institutos federais.
"A anunciada redução linear de 18,2% nos limites orçamentários tornará a situação insustentável", diz nota da Andifes. "Com esse corte, nenhuma instituição poderá cumprir suas finalidades de ensino, pesquisa e extensão no próximo ano".
"Sendo bem conservadores, estamos estimando [uma necessidade de] mais R$ 200 milhões para que o sistema possa minimamente funcionar", disse o presidente da Andifes, Edward Madureira, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (12). Madureira disse que as instituições farão todos os esforços para não reduzir a previsão de ingresso de novos alunos.
Mas o corte também atinge o orçamento para assistência estudantil, área preservada no ano passado mesmo quando perdurou um congelamento de repasses. Segundo a Andifes, o dinheiro direcionado para o pagamento de auxílios a estudantes carentes terá uma redução de R$ 185 milhões.
A entidade ainda pressiona o governo Bolsonaro por causa de uma regra que impediu a reposição de professores (no caso de aposentadoria, por exemplo). A projeção é que haja nas federais 4.500 cargos de docentes para reposição, cuja efetivação está impedida, o que pode inviabilizar as atividades de ensino.
Em nota, o MEC defendeu que, em razão da crise econômica causada pela pandemia, a "administração pública terá que lidar com uma redução no orçamento" para 2021. "O que exigirá um esforço adicional na otimização dos recursos públicos e na priorização das despesas", diz a nota.
A pasta argumenta que, para minimizar o impacto da redução prevista para 2021, haverá a liberação de 100% dos recursos alocados nas universidades previstos no orçamento deste ano.
O ministério também informou que liberou dinheiro adicional para projetos como painéis fotovoltaicos, vigilância eletrônica e conclusão de obras para redução de aluguéis. Esses recursos totalizam, segundo o MEC, cerca de R$ 450 milhões.