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O novo advogado de defesa de Renê da Silva Nogueira Junior, autor confesso da morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, afirmou que o empresário “chorou muito” e demonstrou arrependimento ao falar sobre o crime.
Em seu segundo depoimento à Polícia Civil, na segunda-feira (18/8), Renê admitiu o assassinato, afirmou que não havia tomado remédios de bipolaridade, andava armado por ter medo do caminho e não prestou socorro porque não imaginou ter acertado alguém com o tiro.
Dracon foi nomeado após a antiga defesa de Renê abandonar o caso por “foro íntimo”, conforme divulgado na segunda-feira. A decisão veio após a divulgação de imagens de câmeras de segurança, que flagraram Renê guardando a arma usada no crime, após negativas do suspeito de ter cometido o assassinato.
Em entrevista ao Estado de Minas, o advogado contou que assumiu o caso depois de ser procurado pelo empresário. Após diversas conversas informais, o suspeito assinou uma procuração e os dois começaram a trabalhar juntos. Para Dracon, o fato de Renê ter assumido o crime ajuda no processo, uma vez que agora podem trabalhar “em cima da verdade”.
De acordo com o advogado, Renê está em sofrimento psicológico. “Nessa quinta-feira (21), ele chorou bastante, pediu desculpas, queria que eu entrasse em contato com a família do rapaz. Porém, para a defesa, este não é o momento ideal: “Isso vai ter tempo, isso vai ter modos para a gente chegar, não é agora”.
“Encontrei com ele acabado, muito acoado. As imagens do lado de fora mostram uma pessoa conversadora. Muito cabisbaixo, chorou muito, pediu desculpas, disse que foi a maior burrice da vida dele”, relatou a defesa. Ao advogado, Renê teria dito que “estourou” quando a motorista o xingou, perdeu o controle e se desesperou quando viu que quebraram o carro dele.
Segundo Dracon, Renê assumiu o assassinato e quer resolver. “O que ele sofre hoje é da cabeça dele. Bate o medo e ele renasce dentro de um cubículo, dentro do sistema prisional. Se sente culpado e está arrependido ‘demais da conta’. Isso me levou a acreditar nele e pegar o caso”, contou.
Como foi o crime?
Equipe de coleta de lixo trabalhava na Rua Modestina de Souza, Bairro Vista Alegre, em BH, na manhã do dia 11 de agosto.
Motorista do caminhão, Eledias Aparecida Rodrigues, 42 anos, manobra para liberar passagem, após ver uma fila de carros se formar atrás dela.
Eledias e os garis acenam para Renê da Silva, que dirigia um carro BYD, permitindo a passagem.
O suspeito abaixa a janela e grita que, caso encostasse em seu veículo, ele iria "dar um tiro na cara" da condutora.
Na sequência, ele segue adiante, estaciona, sai do carro armado; derruba o carregador, recolhe e engatilha pistola, segundo o registro policial.
Ele faz um disparo que atinge Laudemir no abdômen.
O gari é levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, na Grande BH, mas morre por hemorragia interna.
No local, PM recolhe projétil intacto de munição calibre .380.
Horas após o crime, a PM localiza e prende Renê no estacionamento de academia na Av. Raja Gabaglia.
Flagrante convertido em prisão preventiva em audiência de custódia, no dia 13 de agosto, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais.
Renê está preso no Presídio de Caeté, Grande BH
Quem é o suspeito?
Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos.
Colaborador em empresa de alimentos; desligado após repercussão.Casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira (PCMG).
Se descrevia como “cristão, esposo, pai e patriota”.
Tem outros registros policiais em São Paulo (lesão corporal grave contra uma mulher) e Rio de Janeiro (lesão corporal contra ex-companheira, ameaça contra ex-sogra e envolvimento em homicídio culposo)
Nega ter antecedentes criminais; diz que só responde a processo por luxação no pé da ex-esposa.
O que dizem as investigações até o momento?
A arma utilizada no homicídio, uma pistola calibre .380, pertence à delegada da Polícia Civil Ana Paula Balbino Nogueira, esposa de Renê, e foi apreendida na residência da servidora no mesmo dia do crime. Os exames periciais, divulgados na sexta-feira (15/8) pela corporação, apontaram a compatibilidade entre a arma de Ana Paula e as munições usadas no assassinato de Laudemir.
Suspeito de matar gari tem outros registros policiais
Na noite de segunda, após a prisão de Renê, a servidora, que chefia a Delegacia de Combate à Violência Doméstica em Nova Lima, na Grande BH, afirmou à Polícia Civil que o marido não tinha acesso às suas armas e que não tinha informações sobre o crime. A corporação instaurou procedimento administrativo disciplinar correcional para apurar eventuais responsabilidades.
Apesar do procedimento interno, o delegado Saulo Castro afirmou, em coletiva de imprensa, disse que não há indícios para afastamento da servidora e, por isso, ela segue em seu cargo regular. "Estamos em fase inicial da investigação, que também foi instaurado um procedimento administrativo disciplinar correcional e que, eventualmente, sendo demonstrado qualquer tipo de responsabilidade, a servidora será devidamente penalizada em âmbito correcional", disse.
Na ocasião, a corporação acrescentou ainda que o fato de a arma estar no nome da servidora do governo de Minas Gerais "não necessariamente" a coloca como coautora ou partícipe da ocorrência. A participação só será indicada caso fique constatado que a mulher entregou o armamento para o marido.
Um dos pontos centrais da investigação é o horário de chegada de Renê à empresa onde trabalhava em Betim, na Grande BH. Câmeras de segurança da empresa inicialmente indicaram que ele teria chegado às 9h18, mas a perícia da Polícia Civil afirma que o registro correto seria 9h38, pouco mais de meia hora após um circuito de segurança na rua capturar o momento em que o gari foi baleado no Bairro Vista Alegre, às 9h07.
Na quinta-feira (14/8), a Justiça autorizou a quebra de sigilo dos dados telefônicos e telemáticos de Renê, oficiados à empresa BYD do Brasil, montadora do carro do suspeito visto no local do crime, e a operadora Claro. O objetivo é levantar as rotas percorridas por Renê no dia e nos horários próximos do momento do homicídio.
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De acordo com o advogado, Renê está em sofrimento psicológico. “Nessa quinta-feira (21), ele chorou bastante, pediu desculpas, queria que eu entrasse em contato com a família do rapaz. Porém, para a defesa, este não é o momento ideal: “Isso vai ter tempo, isso vai ter modos para a gente chegar, não é agora”.
“Encontrei com ele acabado, muito acoado. As imagens do lado de fora mostram uma pessoa conversadora. Muito cabisbaixo, chorou muito, pediu desculpas, disse que foi a maior burrice da vida dele”, relatou a defesa. Ao advogado, Renê teria dito que “estourou” quando a motorista o xingou, perdeu o controle e se desesperou quando viu que quebraram o carro dele.
Segundo Dracon, Renê assumiu o assassinato e quer resolver. “O que ele sofre hoje é da cabeça dele. Bate o medo e ele renasce dentro de um cubículo, dentro do sistema prisional. Se sente culpado e está arrependido ‘demais da conta’. Isso me levou a acreditar nele e pegar o caso”, contou.
Como foi o crime?
Equipe de coleta de lixo trabalhava na Rua Modestina de Souza, Bairro Vista Alegre, em BH, na manhã do dia 11 de agosto.
Motorista do caminhão, Eledias Aparecida Rodrigues, 42 anos, manobra para liberar passagem, após ver uma fila de carros se formar atrás dela.
Eledias e os garis acenam para Renê da Silva, que dirigia um carro BYD, permitindo a passagem.
O suspeito abaixa a janela e grita que, caso encostasse em seu veículo, ele iria "dar um tiro na cara" da condutora.
Na sequência, ele segue adiante, estaciona, sai do carro armado; derruba o carregador, recolhe e engatilha pistola, segundo o registro policial.
Ele faz um disparo que atinge Laudemir no abdômen.
O gari é levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, na Grande BH, mas morre por hemorragia interna.
No local, PM recolhe projétil intacto de munição calibre .380.
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Flagrante convertido em prisão preventiva em audiência de custódia, no dia 13 de agosto, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais.
Renê está preso no Presídio de Caeté, Grande BH
Quem é o suspeito?
Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos.
Colaborador em empresa de alimentos; desligado após repercussão.Casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira (PCMG).
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Apesar do procedimento interno, o delegado Saulo Castro afirmou, em coletiva de imprensa, disse que não há indícios para afastamento da servidora e, por isso, ela segue em seu cargo regular. "Estamos em fase inicial da investigação, que também foi instaurado um procedimento administrativo disciplinar correcional e que, eventualmente, sendo demonstrado qualquer tipo de responsabilidade, a servidora será devidamente penalizada em âmbito correcional", disse.
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