O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), ironizou o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) alegando abuso de autoridade do emedebista nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito. "A democracia tem contornos às vezes de ficção. Até mesmo quem foge dos promotores há anos sistematicamente pode ir à sede do Ministério Público Federal. No Brasil, até a milícia denuncia!", escreveu o parlamentar no Twitter.

A ligação dos Bolsonaros com os milicianos da zona oeste do Rio vem de muito tempo. Flávio, então deputado estadual, nomeou a mãe e a ex-mulher do ex-miliciano Adriano da Nóbrega no antigo gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio. 

Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Nóbrega recebiam sem trabalhar e devolviam parte dos salários ao ex-PM Fabrício Queiroz, que atuava como assessor de Flávio.

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Outra informação grave para o clã presidencial é que ex-PM Ronnie Lessa foi, segundo o Ministério Público (MP-RJ), o atirador contra o carro da então vereadora Marielle Franco (Psol) em março 2018. Ele morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro no município do Rio. 

As investigações do MP-RJ também apontaram que Élcio de Queiroz dirigia o carro onde estava Lessa. Élcio havia postado no Facebook uma foto ao lado do atual mandatário. Na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado.


Renan Calheiros
@renancalheiros

A democracia tem contornos às vezes de ficção. Até mesmo quem foge dos promotores há anos sistematicamente pode ir à sede do Ministério Público Federal. No Brasil, até a milícia denuncia!

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