POSSÍVEIS MINISTROS


Embora ainda não haja uma definição sobre a equipe que ajudará Lula a governar o Brasil pela terceira vez, dois mineiros saíram prestigiados da campanha e com status de eventuais ministros: o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) e o senador Alexandre Silveira (PSD). Esta é a avaliação feita ao Aparte por petistas e integrantes de outros partidos que apoiaram Lula.

Em ascensão dentro do PT nacional, Lopes é cotado para a Esplanada dos Ministérios desde antes da eleição. Ele abriu mão de se candidatar a senador, disputa em que seria competitivo, para que Lula pudesse fechar a aliança com o PSD e ter Alexandre Kalil (PSD) como palanque em Minas Gerais.

Reginaldo é cotado para assumir o Ministério da Educação. Em uma sinalização importante, ele foi indicado pela campanha de Lula para participar de uma sabatina promovida pelo jornal Folha de São Paulo sobre o tema no final de agosto. Na reta final da campanha, Simone Tebet (MDB) também teria demonstrado interesse em assumir a pasta.

Outra possibilidade aventada é que o petista assuma uma pasta análoga ao Ministério das Cidades, que no governo Bolsonaro foi fundida com o Ministério da Integração Nacional para criar a pasta do Desenvolvimento Regional. Principal nome do PT em Minas Gerais, o partido considera natural que Reginaldo Lopes seja o candidato ao governo de Minas em 2026.


Já Alexandre Silveira é elogiado principalmente pelo trabalho desempenhado no segundo turno, quando usou seu capital político para travar um embate com o governador Romeu Zema (Novo) em busca do apoio dos prefeitos de Minas Gerais para Lula. Na semana passada, ele chegou a defender que Zema fosse convocado a prestar esclarecimentos na CPI do Assédio Eleitoral.

 
Outro ponto que pesa a favor de Silveira é a força que ele tem internamente no PSD. A avaliação é que a nomeação dele como ministro pode ajudar a atrair o partido, que terá 42 deputados e 11 senadores a partir de 2023, para a base do governo de Lula. Alexandre Silveira foi diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (DNIT) no primeiro governo Lula.

Por outro lado, as chances de Alexandre Kalil (PSD) ocupar um cargo no primeiro escalão do governo federal são consideradas remotas neste momento. Há queixas de integrantes da campanha de Lula em Minas de que ele não conseguiu dar a vitória para Lula em Belo Horizonte, onde era prefeito, e que também se envolveu pouco na campanha do segundo turno, quando Bolsonaro teve vantagem de 130 mil votos sobre Lula na capital.