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Representante legal do Consórcio BH Leste – que reúne empresas responsáveis por operar 686 veículos do transporte coletivo da capital mineira – o empresário Rubens Lessa minimizou os impactos de uma negociação que possibilitou a operação de uma companhia com 104 ônibus, mesmo sem o aval da Prefeitura de Belo Horizonte, durante cerca de dez meses.
Convocado a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos “Ônibus sem Qualidade”, nesta quinta-feira (28), Lessa admitiu ter comprado ativos da Viação Torres e os repassado a Nilo Simão Junior como pagamento de uma dívida particular. Este, por sua vez, teria assumido a operação da frota com a abertura da BH Leste S/A e passado a receber subsídio da administração municipal, mesmo sem ter cumprido trâmites legais.
“Eu acredito que a população não está sofrendo com isso. Foi uma forma de quitação de um compromisso com outro. Não tem nada a ver com o serviço de Belo Horizonte. A (Viação) Torres, para a qual foi repassado o consórcio, já não tinha como operar a partir de janeiro, e isso sim ia ser o caos do caos. Então nós chegamos a um grupo que era capacitado para investir. O que ele fez depois de janeiro já não é mais de minha responsabilidade”, argumentou Lessa.
O representante do consórcio confirmou que, embora tivesse desistido de operar desde dezembro de 2022 devido ao desequilíbrio financeiro, a Viação Torres ainda respondia legalmente por sua parte no consórcio e também era a destinatária dos repasses feitos pela prefeitura para compensação de custos do transporte coletivo. Porém, na prática, o dinheiro já vinha sendo repassado à recém-criada BH Leste S/A desde o início deste ano. Cobrado pelos membros da CPI, Lessa se comprometeu a apresentar documentos assinados pelos representantes da Viação Torres e que autorizavam o encaminhamento dos recursos à empresa gerida por Nilo Simão Junior.
Outro ponto obscuro que não totalmente foi esclarecido por Lessa é o fato de uma empresa sem qualquer experiência no mercado de transporte coletivo ter assumido os itinerários da Viação Torres. Embora afirme ter negociado a transferência dos ativos diretamente com Nilo Gonçalves Simão Junior - filho de Nilo Gonçalves Simão, proprietário da Transimão Transportes Rodoviários - a empresa que assumiu a operação do serviço na capital está em nome de Ester das Graças Ferreira Gomes. Lessa negou conhecer a mulher, reforçou ter firmado negócio diretamente com Simão Junior e defendeu que o ingresso da nova empresa no consórcio ocorreu mediante autorização dos demais concessionários. “Convocamos reunião e 94% do consórcio autorizou a admissão”, garantiu Lessa.
A Viação Torres era uma das empresas que mais registravam reclamações por má qualidade de serviço prestado no transporte público de Belo Horizonte. Os problemas foram herdados pela BH Leste S/A, que vinha se negando a fazer investimentos na frota até conseguir a anuência da prefeitura. Segundo Lessa, desde outubro, quando a situação foi regularizada junto à PBH, 13 novos veículos foram comprados e já estariam prontos para circular.
Detentor de 36,29% de participação no Consórcio BH Leste, com 251 ônibus em circulação, Lessa foi ouvido nesta quinta-feira na condição de testemunha. Ele deveria ter prestado depoimento na última sexta-feira (22), mas não compareceu, o que motivou os vereadores a aprovar a condução coercitiva do empresário. Apesar da medida, o empresário decidiu confirmar participação na oitiva e foi acompanhado do advogado de defesa.
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Representante legal do Consórcio BH Leste – que reúne empresas responsáveis por operar 686 veículos do transporte coletivo da capital mineira – o empresário Rubens Lessa minimizou os impactos de uma negociação que possibilitou a operação de uma companhia com 104 ônibus, mesmo sem o aval da Prefeitura de Belo Horizonte, durante cerca de dez meses.
Convocado a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos “Ônibus sem Qualidade”, nesta quinta-feira (28), Lessa admitiu ter comprado ativos da Viação Torres e os repassado a Nilo Simão Junior como pagamento de uma dívida particular. Este, por sua vez, teria assumido a operação da frota com a abertura da BH Leste S/A e passado a receber subsídio da administração municipal, mesmo sem ter cumprido trâmites legais.
“Eu acredito que a população não está sofrendo com isso. Foi uma forma de quitação de um compromisso com outro. Não tem nada a ver com o serviço de Belo Horizonte. A (Viação) Torres, para a qual foi repassado o consórcio, já não tinha como operar a partir de janeiro, e isso sim ia ser o caos do caos. Então nós chegamos a um grupo que era capacitado para investir. O que ele fez depois de janeiro já não é mais de minha responsabilidade”, argumentou Lessa.
O representante do consórcio confirmou que, embora tivesse desistido de operar desde dezembro de 2022 devido ao desequilíbrio financeiro, a Viação Torres ainda respondia legalmente por sua parte no consórcio e também era a destinatária dos repasses feitos pela prefeitura para compensação de custos do transporte coletivo. Porém, na prática, o dinheiro já vinha sendo repassado à recém-criada BH Leste S/A desde o início deste ano. Cobrado pelos membros da CPI, Lessa se comprometeu a apresentar documentos assinados pelos representantes da Viação Torres e que autorizavam o encaminhamento dos recursos à empresa gerida por Nilo Simão Junior.
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A Viação Torres era uma das empresas que mais registravam reclamações por má qualidade de serviço prestado no transporte público de Belo Horizonte. Os problemas foram herdados pela BH Leste S/A, que vinha se negando a fazer investimentos na frota até conseguir a anuência da prefeitura. Segundo Lessa, desde outubro, quando a situação foi regularizada junto à PBH, 13 novos veículos foram comprados e já estariam prontos para circular.
Detentor de 36,29% de participação no Consórcio BH Leste, com 251 ônibus em circulação, Lessa foi ouvido nesta quinta-feira na condição de testemunha. Ele deveria ter prestado depoimento na última sexta-feira (22), mas não compareceu, o que motivou os vereadores a aprovar a condução coercitiva do empresário. Apesar da medida, o empresário decidiu confirmar participação na oitiva e foi acompanhado do advogado de defesa.