array(31) {
["id"]=>
int(165746)
["title"]=>
string(114) "Dez líderes da facção evangélica do Cabana, em BH, são presos: Bíblia é usada para conquista de território"
["content"]=>
string(6170) "TCP NA MIRA
A megaoperação das forças de segurança de Minas Gerais contra o Terceiro Comando Puro (TCP) — facção “evangélica” carioca que se instalou no Cabana do Pai Tomás, na região Oeste de Belo Horizonte — prendeu 14 integrantes da organização criminosa nesta quarta-feira (27 de novembro), sendo 10 deles líderes com vasta atuação no Estado mineiro. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) garante que a direção do TCP em Minas foi desmantelada, apesar de três investigados seguirem foragidos. Um deles é Rafael Carlos da Silva Ferreira, o Paraíba, conhecido por ser um dos traficantes “mais perigosos de Minas”, que estaria escondido em uma favela do Rio de Janeiro.
Ainda que a marca do TCP seja usar de versículos bíblicos e símbolos evangélicos como forma de domínio da comunidade do Cabana, nenhum dos investigados é líder de instituição religiosa, segundo a Gaeco. No aglomerado, no entanto, a estrela de Davi, da bandeira de Israel, e a menção a Deus são superexploradas. De acordo com o delegado da Polícia Civil Marcos Vinícius Vieira, os presos, ligados a diversos crimes, principalmente tráfico de drogas, comércio ilegal de arma e lavagem de capitais, usam de citações evangélicas como estratégia de conquista de território.
“São mensagens e imagens cristãs para domínio do aglomerado e dos moradores. Isso chega na Grande BH como herança do Rio de Janeiro. Chamamos isso de narcopentecostalismo”, afirma ele, que atua no Grupo de Combate às Organizações Criminosas.
Mais de R$ 340 milhões em bens do TCP foram bloqueados
A megaoperação mirou na lavagem de dinheiro milionária do TCP. Segundo a investigação, os traficantes usavam contas de pessoas físicas não envolvidas com a criminalidade e diversas empresas “laranjas”, sem funcionários nem pagamento de tributos. O esquema era único e exclusivamente para ocultação de dinheiro do crime.
A Justiça bloqueou mais de R$ 340 milhões em bens da facção. “Constatamos uma tática do Rio sendo utilizada para domínio do Cabana: a ameaça por meio de assistencialismo. Os traficantes usavam empresas de internet e gás para atender aos moradores. Além disso, doações de cestas básicas e apoio jurídico em caso de prisão de integrantes”, detalha o delegado Vieira.
Polícias subiram os morros
Para cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão, as polícias Militar e Civil subiram morros de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Na cidade carioca, os alvos estavam no complexo São Carlos, na região central do Rio. Em Belo Horizonte, além da Cabana do Pai Tomás, foi identificado um estoque de entorpecentes do TCP que era mantido no bairro Alto dos Pinheiros, na região Noroeste.
"Foram utilizados canis da Polícia Militar, helicópteros e comandos de policiamento. Apesar das tentativas de facções cariocas de avançarem no Estado, em Minas Gerais, viaturas da polícia continuam subindo aglomerados sem nenhum tipo de retaliação, e assim continuará. Quem manda em Minas são as forças de segurança, não o tráfico", reforçou o Tenente-coronel chefe de comunicação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Flávio Santiago.
A megaoperação também cumpriu mandados dentro de presídios mineiros e cariocas, além das cidades de Foz do Iguaçu (PR), Praia Grande (SP), Ribeirão Preto (SP), São Bernardo do Campo (SP), Paranaíba (MS), Sinop (MT) e Britânia (GO).
Ao todo, 188 tabletes de maconha foram apreendidos, além de um arsenal no território mineiro: um fuzil, 10 pistolas, dois revólveres e milhares de munições. Já os celulares dos presos vão auxiliar no avanço das investigações.
“A alta cúpula da organização criminosa instalada em Minas foi presa. A operação vai continuar na busca incessante pelos três foragidos”, garante Paula Ayres, promotora de Justiça do Gaeco.
"
["author"]=>
string(30) "Isabela Abalen - OTEMPO.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(621541)
["filename"]=>
string(32) "metralhadoraabana-1732723208.jpg"
["size"]=>
string(6) "114866"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(3) "aa/"
}
["image_caption"]=>
string(186) "Ao todo, 188 tabletes de maconha foram apreendidos, além de um arsenal no território mineiro: um fuzil, 10 pistolas, dois revólveres e milhares de munições / Foto: MPMG/Divulgação"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(101) "Outros quatro, ligados ao financeiro da organização, também foram detidos
"
["author_slug"]=>
string(28) "isabela-abalen-otempo-com-br"
["views"]=>
int(122)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(103) "dez-lideres-da-faccao-evangelica-do-cabana-em-bh-sao-presos-biblia-e-usada-para-conquista-de-territorio"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-11-27 20:54:27.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-11-27 20:54:27.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-11-27T20:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(35) "aa/metralhadoraabana-1732723208.jpg"
}
TCP NA MIRA
A megaoperação das forças de segurança de Minas Gerais contra o Terceiro Comando Puro (TCP) — facção “evangélica” carioca que se instalou no Cabana do Pai Tomás, na região Oeste de Belo Horizonte — prendeu 14 integrantes da organização criminosa nesta quarta-feira (27 de novembro), sendo 10 deles líderes com vasta atuação no Estado mineiro. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) garante que a direção do TCP em Minas foi desmantelada, apesar de três investigados seguirem foragidos. Um deles é Rafael Carlos da Silva Ferreira, o Paraíba, conhecido por ser um dos traficantes “mais perigosos de Minas”, que estaria escondido em uma favela do Rio de Janeiro.
Ainda que a marca do TCP seja usar de versículos bíblicos e símbolos evangélicos como forma de domínio da comunidade do Cabana, nenhum dos investigados é líder de instituição religiosa, segundo a Gaeco. No aglomerado, no entanto, a estrela de Davi, da bandeira de Israel, e a menção a Deus são superexploradas. De acordo com o delegado da Polícia Civil Marcos Vinícius Vieira, os presos, ligados a diversos crimes, principalmente tráfico de drogas, comércio ilegal de arma e lavagem de capitais, usam de citações evangélicas como estratégia de conquista de território.
“São mensagens e imagens cristãs para domínio do aglomerado e dos moradores. Isso chega na Grande BH como herança do Rio de Janeiro. Chamamos isso de narcopentecostalismo”, afirma ele, que atua no Grupo de Combate às Organizações Criminosas.
Mais de R$ 340 milhões em bens do TCP foram bloqueados
A megaoperação mirou na lavagem de dinheiro milionária do TCP. Segundo a investigação, os traficantes usavam contas de pessoas físicas não envolvidas com a criminalidade e diversas empresas “laranjas”, sem funcionários nem pagamento de tributos. O esquema era único e exclusivamente para ocultação de dinheiro do crime.
A Justiça bloqueou mais de R$ 340 milhões em bens da facção. “Constatamos uma tática do Rio sendo utilizada para domínio do Cabana: a ameaça por meio de assistencialismo. Os traficantes usavam empresas de internet e gás para atender aos moradores. Além disso, doações de cestas básicas e apoio jurídico em caso de prisão de integrantes”, detalha o delegado Vieira.
Polícias subiram os morros
Para cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão, as polícias Militar e Civil subiram morros de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Na cidade carioca, os alvos estavam no complexo São Carlos, na região central do Rio. Em Belo Horizonte, além da Cabana do Pai Tomás, foi identificado um estoque de entorpecentes do TCP que era mantido no bairro Alto dos Pinheiros, na região Noroeste.
"Foram utilizados canis da Polícia Militar, helicópteros e comandos de policiamento. Apesar das tentativas de facções cariocas de avançarem no Estado, em Minas Gerais, viaturas da polícia continuam subindo aglomerados sem nenhum tipo de retaliação, e assim continuará. Quem manda em Minas são as forças de segurança, não o tráfico", reforçou o Tenente-coronel chefe de comunicação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Flávio Santiago.
A megaoperação também cumpriu mandados dentro de presídios mineiros e cariocas, além das cidades de Foz do Iguaçu (PR), Praia Grande (SP), Ribeirão Preto (SP), São Bernardo do Campo (SP), Paranaíba (MS), Sinop (MT) e Britânia (GO).
Ao todo, 188 tabletes de maconha foram apreendidos, além de um arsenal no território mineiro: um fuzil, 10 pistolas, dois revólveres e milhares de munições. Já os celulares dos presos vão auxiliar no avanço das investigações.
“A alta cúpula da organização criminosa instalada em Minas foi presa. A operação vai continuar na busca incessante pelos três foragidos”, garante Paula Ayres, promotora de Justiça do Gaeco.