O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), acusado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) de envolvimento na contratação superfaturada da vacina indiana Covaxin, deve permanecer como o líder do governo na Câmara. 

Segundo a coluna de Carla Araújo, no UOL, interlocutores diretos de Jair Bolsonaro afirmaram nesta segunda-feira (28) que não há razões, "no momento", para que ele deixe o posto. Nas palavras de um ministro, "Barros continua com o governo".

"A avaliação que está sendo feita pelo governo é que uma eventual troca do líder - logo após o seu nome ser envolvido em suspeitas de irregularidades - poderia dar um sinal errado de que Bolsonaro admitiria ao menos parte da culpa no episódio", escreve a jornalista.


Luis Miranda revelou que, no encontro no Palácio da Alvorada entre o presidente, ele e o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, Bolsonaro teria “dado a entender” que “não tem força” para combater o “grupo” deste deputado. 

Barros é suspeito de favorecer empresas ligadas a Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, a representante da Bharat Biotech, laboratório que desenvolve a Covaxin.


O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), apresentou nesta segunda-feira (28) um requerimento para convocar Barros a depor.