A Polícia Federal indiciou, nesta sexta-feira (29/11), por participação em um esquema de candidaturas laranjas, o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, e três candidatas do partido acusadas pelo crime de falsidade ideológica eleitoral. De acordo com as investigações, os quatro participaram do esquema montado para desviar recursos do fundo eleitoral.
Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. Se condenados, podem pegar pena de cinco, seis e três anos de cadeia, respectivamente.
As candidatas laranjas são Maria de Lourdes Paixão, Érika Santos e Mariana Nunes, do PSL. Elas receberam valores altos do fundo eleitoral, mas tiveram uma quantidade baixa de votos. Maria de Lourdes, por exemplo, recebeu R$ 400 mil do fundo, e obteve apenas 274 votos.
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, estado onde ela concorreu, rejeitou as contas dela e determinou a devolução de R$ 380 mil que a candidata teria gasto em uma gráfica de fachada. O ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio foi indiciado no mês passado. A PF aponta que ele é chefe do esquema.
O PSL é o partido pelo qual se elegeu o presidente da República, Jair Bolsonaro. Problemas de relacionamento interno, disputas políticas e crises como a das candidaturas laranja levaram Bolsonaro a sair da legenda e tentar criar um novo partido.