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string(3577) "A Data-Pop Alliance, em parceria com a ODI Global, vai lançar na quinta-feira, 11, um amplo estudo sobre o uso sistemático da violência digital para silenciar as mulheres na política e ameaçar a democracia. A pesquisa mostra que os ataques se ampliam quando mulheres ocupam cargos de destaque, ganham projeção nacional, defendem pautas polarizadoras ou entram em conflito com figuras politicamente influentes.
O levantamento analisou 6.426 mensagens publicadas no Telegram, das quais 1.165 foram classificadas como ataques. Também foram entrevistadas 28 mulheres eleitas e lideranças partidárias de 13 partidos e examinados estatutos e sites oficiais de 20 legendas com representação no Congresso.
Segundo os pesquisadores, a intensidade das agressões está mais associada à visibilidade pública das mulheres do que a períodos eleitorai
A pesquisa mostrou que a violência não atinge todas de forma igual: mulheres negras e indígenas são alvos de agressões racializadas e de estereótipos coloniais; mulheres trans enfrentam ataques agravados por transfobia; mulheres brancas aparecem mais expostas a críticas baseadas em moralização, aparência ou idade.
O estudo também identificou que a violência atravessa todo o espectro político. Mulheres de direita relataram ataques inclusive de aliados e de estruturas internas dos próprios partidos, com episódios de vazamento de dados pessoais e sabotagem política, o que indica o uso da violência digital como instrumento de controle partidário.
Apesar da gravidade do problema, a análise mostrou que nenhum dos 20 partidos avaliados possui estratégias específicas para lidar com a violência digital contra mulheres. Em geral, as respostas são fragmentadas e tratam o fenômeno como uma extensão da violência de gênero offline, sem considerar como as plataformas digitais ampliam e coordenam os ataques.
Segundo o estudo, os impactos ultrapassam o ambiente virtual e incluem adoecimento emocional, ameaças a familiares, custos com segurança e afastamento da vida pública. Ao restringir a presença feminina na política, concluiu a pesquisa, a violência digital compromete a representatividade e a qualidade do debate democrático no país.
O estudo foi coordenado e executado por Julie Ricard, Anna Spinardi, Amanda Quitério de Gois e Ergon Cugler, pesquisadores da Data-Pop Alliance, com participação do CEAPG/FGV e do laboratório DesinfoPop.
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O levantamento analisou 6.426 mensagens publicadas no Telegram, das quais 1.165 foram classificadas como ataques. Também foram entrevistadas 28 mulheres eleitas e lideranças partidárias de 13 partidos e examinados estatutos e sites oficiais de 20 legendas com representação no Congresso.
Segundo os pesquisadores, a intensidade das agressões está mais associada à visibilidade pública das mulheres do que a períodos eleitorai
A pesquisa mostrou que a violência não atinge todas de forma igual: mulheres negras e indígenas são alvos de agressões racializadas e de estereótipos coloniais; mulheres trans enfrentam ataques agravados por transfobia; mulheres brancas aparecem mais expostas a críticas baseadas em moralização, aparência ou idade.
O estudo também identificou que a violência atravessa todo o espectro político. Mulheres de direita relataram ataques inclusive de aliados e de estruturas internas dos próprios partidos, com episódios de vazamento de dados pessoais e sabotagem política, o que indica o uso da violência digital como instrumento de controle partidário.
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