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O prefeito de Belo Horizonte em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), reforçou a intenção de contar com megashows em cada um dos dias do Carnaval da capital mineira em 2024. O político, no entanto, garantiu que a proposta, criticada por blocos de rua da cidade, não impactará o orçamento destinado aos grupos. Na última semana, a Associação dos Blocos de Rua de Belo Horizonte (ABRA-BH) rebateu o projeto do prefeito, sob a justificativa de que a medida desvirtuaria a essência e a identidade da folia.
"Não vamos transformar o Carnaval de BH em Carnaval de abadá. Já fica o recado que no ano que vem teremos grandes nomes outra vez, mas isso não vai impactar na verba dos blocos de rua. Isso será para valorizar os blocos”, disse Álvaro Damião em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (11 de março).
A proposta de reunir grandes artistas em cada um dos dias da folia do próximo ano foi apresentada pelo prefeito em exercício após o cortejo do DJ Alok, que reuniu cerca de 500 mil pessoas no centro da capital mineira. No comunicado da ABRA-BH, além da descaracterização da festa, os blocos manifestaram preocupação com a segurança, afirmando que a medida colocaria em risco a integridade dos foliões e dificultaria a mobilidade urbana.
"Priorizar espetáculos comerciais é desrespeitar a história e a luta daqueles que fizeram da ocupação livre e espontânea das ruas uma poderosa expressão cultural (...), favorece o entretenimento comercial em detrimento do fortalecimento dos blocos”, aponta um trecho do texto divulgado pela ABRA-BH.
Em 2025, conforme balanço apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nesta terça-feira (11), 460 blocos desfilaram na cidade durante o período momesco. Desse total, 99 saíram às ruas pela primeira vez. Alguns dos cortejos contaram com personalidades reconhecidas nacionalmente, tais como o DJ Alok, o cantor Chico César e as cantoras Duda Beat e Sandra de Sá.
Nível de satisfação
Ainda de acordo com a PBH, 93% dos foliões recomendam o Carnaval de Belo Horizonte. A pesquisa foi feita com 1,5 mil pessoas entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março. O levantamento, realizado pelo Observatório do Turismo de Belo Horizonte, mostrou que 70,4% dos entrevistados consideraram que a folia na capital melhorou em relação aos últimos anos. A organização (37,69%), a segurança (26,2%) e a infraestrutura (21,6%) foram listadas como os principais pontos de satisfação.
Economia
O levantamento também revelou que cada folião desembolsou cerca de R$ 1.856,44 durante os quatro dias de festa na capital. O número supera os gastos do ano anterior, quando cada pessoa teve uma despesa média de R$ 1.474,34. A cidade recebeu cerca de 6,5 milhões de visitantes e teve uma movimentação total na economia de R$ 1,2 bilhão.
“Esse número mostra um crescimento na economia local. Os ambulantes estão satisfeitos, tivemos aumento de 25% no movimento de diversos restaurantes em relação ao ano anterior e taxa de ocupação em hotéis chegou a 76,73%”, disse o prefeito em exercício Álvaro Damião (União Brasil), ressaltando um tímido aumento na taxa hoteleira em comparação com o ano passado, quando foi de 71,36%.
O número de turistas também teve pouca variação na comparação: enquanto em 2024, dos 5,5 milhões de foliões registrados, 16% eram de outras localidades, neste ano, dos 6,5 milhões, 18% não são residentes da cidade. A métrica para o cálculo de foliões refere-se ao número de participações em eventos, não necessariamente ao número único de pessoas. “Uma mesma pessoa pode ser contada várias vezes se participar de diferentes blocos e eventos”, explicou o prefeito em exercício.
Apesar disso, Damião avaliou positivamente a festa. "Foi o melhor e o maior Carnaval da história. O nosso diferencial é que é um Carnaval do povo. A Prefeitura organiza, mas quem faz a festa é o povo", considerou.
Saúde
A Prefeitura da Belo Horizonte recebeu 21 denuncias relacionadas à venda de comidas e bebidas durante a folia. Dessas, sete resultaram em autuações. Os principais motivos foram ausência de controle de pragas, limpeza inadequada da caixa d´água, alimentos mal condicionados, lixeira sem tampa e refrigerante artesanal sem registro.
Mobilidade
Para a execução da festa em Belo Horizonte, a PBH fez cerca de 4 mil interdições nas ruas da cidade. Ao todo, oito áreas foram destinadas aos desfiles, sendo cinco na região Central, uma no bairro Santa Tereza, uma na Pampulha e uma na Avenida dos Andradas. Duzentos e quarenta e duas linhas de ônibus foram alteradas no período.
Limpeza urbana
Ao todo, foram recolhidos 1.048 toneladas de resíduos nas áreas de desfiles durante os dias de 15 de fevereiro e 9 de março. Nos quatro dia de festa, foram 595 toneladas.
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"Não vamos transformar o Carnaval de BH em Carnaval de abadá. Já fica o recado que no ano que vem teremos grandes nomes outra vez, mas isso não vai impactar na verba dos blocos de rua. Isso será para valorizar os blocos”, disse Álvaro Damião em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (11 de março).
A proposta de reunir grandes artistas em cada um dos dias da folia do próximo ano foi apresentada pelo prefeito em exercício após o cortejo do DJ Alok, que reuniu cerca de 500 mil pessoas no centro da capital mineira. No comunicado da ABRA-BH, além da descaracterização da festa, os blocos manifestaram preocupação com a segurança, afirmando que a medida colocaria em risco a integridade dos foliões e dificultaria a mobilidade urbana.
"Priorizar espetáculos comerciais é desrespeitar a história e a luta daqueles que fizeram da ocupação livre e espontânea das ruas uma poderosa expressão cultural (...), favorece o entretenimento comercial em detrimento do fortalecimento dos blocos”, aponta um trecho do texto divulgado pela ABRA-BH.
Em 2025, conforme balanço apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nesta terça-feira (11), 460 blocos desfilaram na cidade durante o período momesco. Desse total, 99 saíram às ruas pela primeira vez. Alguns dos cortejos contaram com personalidades reconhecidas nacionalmente, tais como o DJ Alok, o cantor Chico César e as cantoras Duda Beat e Sandra de Sá.
Nível de satisfação
Ainda de acordo com a PBH, 93% dos foliões recomendam o Carnaval de Belo Horizonte. A pesquisa foi feita com 1,5 mil pessoas entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março. O levantamento, realizado pelo Observatório do Turismo de Belo Horizonte, mostrou que 70,4% dos entrevistados consideraram que a folia na capital melhorou em relação aos últimos anos. A organização (37,69%), a segurança (26,2%) e a infraestrutura (21,6%) foram listadas como os principais pontos de satisfação.
Economia
O levantamento também revelou que cada folião desembolsou cerca de R$ 1.856,44 durante os quatro dias de festa na capital. O número supera os gastos do ano anterior, quando cada pessoa teve uma despesa média de R$ 1.474,34. A cidade recebeu cerca de 6,5 milhões de visitantes e teve uma movimentação total na economia de R$ 1,2 bilhão.
“Esse número mostra um crescimento na economia local. Os ambulantes estão satisfeitos, tivemos aumento de 25% no movimento de diversos restaurantes em relação ao ano anterior e taxa de ocupação em hotéis chegou a 76,73%”, disse o prefeito em exercício Álvaro Damião (União Brasil), ressaltando um tímido aumento na taxa hoteleira em comparação com o ano passado, quando foi de 71,36%.
O número de turistas também teve pouca variação na comparação: enquanto em 2024, dos 5,5 milhões de foliões registrados, 16% eram de outras localidades, neste ano, dos 6,5 milhões, 18% não são residentes da cidade. A métrica para o cálculo de foliões refere-se ao número de participações em eventos, não necessariamente ao número único de pessoas. “Uma mesma pessoa pode ser contada várias vezes se participar de diferentes blocos e eventos”, explicou o prefeito em exercício.
Apesar disso, Damião avaliou positivamente a festa. "Foi o melhor e o maior Carnaval da história. O nosso diferencial é que é um Carnaval do povo. A Prefeitura organiza, mas quem faz a festa é o povo", considerou.
Saúde
A Prefeitura da Belo Horizonte recebeu 21 denuncias relacionadas à venda de comidas e bebidas durante a folia. Dessas, sete resultaram em autuações. Os principais motivos foram ausência de controle de pragas, limpeza inadequada da caixa d´água, alimentos mal condicionados, lixeira sem tampa e refrigerante artesanal sem registro.
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Para a execução da festa em Belo Horizonte, a PBH fez cerca de 4 mil interdições nas ruas da cidade. Ao todo, oito áreas foram destinadas aos desfiles, sendo cinco na região Central, uma no bairro Santa Tereza, uma na Pampulha e uma na Avenida dos Andradas. Duzentos e quarenta e duas linhas de ônibus foram alteradas no período.
Limpeza urbana
Ao todo, foram recolhidos 1.048 toneladas de resíduos nas áreas de desfiles durante os dias de 15 de fevereiro e 9 de março. Nos quatro dia de festa, foram 595 toneladas.