EM PRISÃO DOMICILIAR

BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (15/9) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente, em até 24 horas, um relatório completo sobre a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua ida ao hospital DF Star, em Brasília, nesse domingo (14/9).

Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

No despacho, Moraes exige que sejam detalhados os veículos utilizados, os agentes responsáveis pelo acompanhamento dentro do quarto e o motivo pelo qual o transporte imediato de Bolsonaro não foi realizado após a alta médica. O ministro também determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) seja informada.

A medida ocorre em meio ao monitoramento rígido imposto ao ex-presidente, que teve a prisão domiciliar decretada após descumprimento de medidas cautelares. 

Desde então, Bolsonaro só pode deixar sua residência mediante autorização judicial e com escolta. O deslocamento ao hospital foi autorizado por Moraes em 10 de setembro, após pedido da defesa para realização de procedimento médico.

A cobrança por explicações se soma à série de restrições impostas ao ex-presidente. Além da tornozeleira eletrônica e da proibição do uso de celular, de acesso a redes sociais e de contatos políticos sem autorização, Bolsonaro agora vive sob vigilância permanente da Polícia Penal, em tempo real, em sua residência em Brasília.