O Brasil tem cerca de 12,6 milhões de pessoas desempregadas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante da crise econômica, a fila de pessoas que dão entrada no Bolsa Família aumentou, provocando uma fila que pode demorar até três meses para que as famílias comecem a receber o benefício. Em entrevista ao Diario, durante a participação do VIII Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, no estado de São Paulo, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, afirmou que essa fila chega a mais de 700 mil famílias.


"Não é uma fila que vá demorar, mas centenas e milhares de famílias às vezes levavam até um ano para entrar no programa. Em 2017 nós zeramos a fila e conseguimos manter até agora. Com essa questão do contingenciamento e as dificuldades da economia, as famílias novas podem esperar três meses para começar a receber o Programa. Não é uma fila muito grande. Em torno de 700 mil famílias em comparação aos 13 milhões que têm hoje", comentou Terra.


Segundo o ministro, desde 2017 que não havia fila de espera para receber o valor médio de R$ 180 do benefício. "Eu assumi o Ministério de Assistência Social em 2016 e encontrei uma vila gigantesca. O Bolsa Família desde a sua criação tem fila. Às vezes 2 milhões de pessoas esperavam mais de um mês para entrar no programa", comparou.


O orçamento total do programa para este ano é de R$ 29,5 bilhões. De acordo com Osmar Terra, a espera diminuiu após o "pente fino" feito no programa, quando saíram 8 milhões de famílias em um período de dois anos, lembrando que o Programa chegou a ter 16 milhões de famílias.


Recebem o benefício aquelas famílias inscritas no Cadastro Único com uma renda mensal, por pessoa, de R$ 89 ou de até R$ 178, caso tenham crianças ou adolescentes de até dezessete anos. As crianças devem estar matriculadas na escola e com o calendário de vacinação atualizado. O repasse é realizado de acordo com o Número de Inscrição Social (NIS).