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Com o tucano, favorito hoje na disputa paulista, fora dela, as chances de vitória seriam maiores para os outros candidatos -justamente Márcio França, do PSB, e Fernando Haddad, do PT.
Os dois têm bom diálogo e uma união também das legendas no plano estadual não estaria descartada. Resta saber quem abriria mão de concorrer ao governo. E quem poderia, por exemplo, disputar a vice ou o Senado.
NEGOCIAÇÕES
A costura delicada entre lideranças do PT e do PSB envolvem nomes de primeiro escalão das duas legendas e já ocorrem há um certo tempo, mas se intensificaram nas últimas semanas.
Além dos obstáculos naturais para a junção de dois tradicionais adversários políticos, o tempo corre contra ela -daí a pressa.
Para viabilizar a ideia, algumas dificuldades precisam ser contornadas. Em primeiro lugar, tanto Lula quanto Alckmin ainda precisam ser convencidos plenamente de que a chapa pode funcionar -não apenas para ganhar as eleições, mas especialmente para governar.
Depois disso, ambos os partidos teriam que chegar a um acordo para que o PT formalizasse uma aliança com o PSB e guardasse a vaga de vice-presidente para a agremiação.
Alckmin então assinaria a ficha de filiação à legenda socialista e seria lançado candidato.
Os petistas que defendem a possibilidade afirmam que, apesar das diferenças históricas com os tucanos na área econômica, Alckmin é o último remanescente do PSDB histórico, de Mário Covas e de Franco Montoro: apegado a valores democráticos e com olhar generoso em relação aos problemas sociais do Brasil.
O tempo joga contra já que o PT e o PSB ainda não se acertaram sobre a vaga de vice.
Além disso, Alckmin já está em conversas avançadas com outras legendas, como o PSD de Gilberto Kassab, que o convidou para entrar no partido e ser candidato a governador de São Paulo.
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