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string(82) "Kassab tenta se realinhar com bases de Lula e Tarcísio após desgaste simultâneo"
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Kassab é secretário de Relações Institucionais do governador de São Paulo, que, por sua vez, é aliado de Jair Bolsonaro (PL), e o PSD tem três ministérios no governo do PT.
Na semana passada, em um evento fechado do banco de investimentos UBS BB para agentes do mercado financeiro, Kassab chamou o ministro Fernando Haddad (Fazenda) de fraco e questionou as chances de vitória de Lula.
"Hoje [a reeleição] não é fácil. Em quase 23 anos, desde que Lula se elegeu, o PT nunca teve uma queda [de popularidade] no Nordeste. Se fosse hoje, ele estaria na campanha, mas não na posição de favorito, e sim de derrotado."
A fala foi uma avaliação da pesquisa Quaest, divulgada dias antes, que mostrava, pela primeira vez, a avaliação negativa do governo Lula superou a positiva. Kassab não deixou de afirmar na ocasião que Lula era um nome forte, que faria "tudo" para vencer a eleição de 2026.
A declaração ocorreu, também, no dia seguinte a um jantar em Higienópolis, região central da cidade, que reuniu lideranças políticas paulistas com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) -que seria eleito para o cargo no fim de semana seguinte.
A ausência de políticos bolsonaristas e as falas moderadas dos presentes foram interpretadas por analistas como uma primeira reunião do grupo político que daria suporte à tentativa de Tarcísio de disputar a Presidência.
Embora Tarcísio não se lance para a disputa presidencial, defendendo que o candidato do seu grupo é Bolsonaro ou quem ele escolher, as declarações posteriores de Kassab foram vistas como uma adesão a esse possível projeto.
"O Kassab não conversou isso com ninguém. Ele fala o que ele quiser", disse na segunda-feira (3) o líder de Tarcísio na Assembleia Legislativa, Gilmaci Gomes (Republicanos).
O presidente Lula, que prepara uma reforma ministerial e pode alterar a fatia de cargos sob controle do PSD no governo, no dia seguinte às declarações de Kassab disse que "riu" das falas do aliado.
"Quando eu vi a história do companheiro Kassab, eu comecei a rir. Porque, como ele diz que, se a eleição fosse hoje, eu perderia, eu olhei no calendário e percebi que a eleição vai ser só daqui a dois anos", disse. Lula também defendeu Haddad das críticas.
Nos bastidores, aliados do presidente apontaram que a relação entre ambos estremeceu.
Já nesta semana, Kassab teve de agir para retornar à posição em que estava há duas semanas, equidistante dos dois projetos presidenciais.
Na última quarta-feira (5), em um almoço realizado no mesmo restaurante de Higienópolis que recebeu o jantar para Hugo Motta, Kassab procurou desfazer a impressão de que apostava na campanha presidencial de Tarcísio. Segundo aliados, ele reforçou a defesa da reeleição para o governo do estado.
O vice de Tarcísio, Felício Ramuth, é do partido de Kassab. Aliados afirmam que o secretário almeja o cargo, de olho na cadeira de governador em uma eventual tentativa de Tarcísio disputar a Presidência em 2030. Kassab não confirma.
O almoço reuniu prefeitos do Vale do Paraíba e terminou com mandatários de outros partidos afirmando que devem migrar para o PSD, que já controla 206 das 645 prefeituras paulistas. O partido negocia ainda uma fusão com o PSDB.
Nesta quinta-feira (6), também em um evento fechado para grupos de investidores, Kassab mudou o tom sobre as expectativas para 2026 e a posição de "derrotado" de Lula.
"Ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa sobre a eleição. Ele ainda pode reverter o cenário. Ele é forte", disse o secretário ao Estadão/Broadcast.
Os auxiliares de Kassab dizem não ver mudança de tom entre as declarações da semana passada e desta.
"O presidente Lula tem qualidades e força política inegáveis. Kassab, perguntado naquele momento [semana passada], diante daquela pesquisa [Quaest], se o Lula poderia perder a eleição em 2026, disse que poderia", afirma sua equipe, em nota.
"Isso não muda o fato de que Lula é um político forte, experiente, que inegavelmente sabe ganhar eleições e tem tempo para chegar em 2026 com uma avaliação mais favorável. E isso pode acontecer ou não", segue o texto.
Ainda segundo a assessoria, Kassab "tem dito há algum tempo que o governador Tarcísio é o melhor projeto para o Estado de São Paulo e está convicto de que ele será presidente da República no futuro".
Kassab "acha que, com um governo tão bem avaliado e com tantas realizações em desenvolvimento, a opção por tentar a Presidência após o primeiro mandato é arriscada, vide o que ocorreu com os governadores [José] Serra e [João] Doria".
Por fim, a assessoria de Kassab informou que ele apoiará a decisão de Tarcísio, "independentemente de qual seja".
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O vice de Tarcísio, Felício Ramuth, é do partido de Kassab. Aliados afirmam que o secretário almeja o cargo, de olho na cadeira de governador em uma eventual tentativa de Tarcísio disputar a Presidência em 2030. Kassab não confirma.
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