De acordo com o Ministério Público Federal, um grupo de integrantes do MDB formou um núcleo político para cometer crimes contra empresas e órgãos públicos. A suposta organização criminosa ficou conhecida como "quadrilhão do MDB". O MP informou que Yunes e Lima, por exemplo, serviam de emissários e arrecadadores de propina para o MDB e para Temer.
Também existe a suspeita de que Loures fosse emissário de Temer na Caixa Econômica em um suposto esquema de desvios - Loures foi preso a partir da delação da JBS, em junho do ano passado, por causa da mala com R$ 500 mil que teria recebido de Ricardo Saud, delator e ex-diretor do grupo J&F. O dinheiro seria propina para Temer. Menos de um mês depois ele conseguiu liberdade com restrições.
Yunes e Lima cumpriram prisão temporária na Operação Skala, no começo do mês, que investiga suposto favorecimento a empresas do setor portuário com o Decreto dos Portos em troca de propina.
Entre as testemunhas a serem ouvidas no processo estão o ex-ministro Antônio Palocci, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró; o empresário Marcelo Odebrecht, do grupo Odebrecht; Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC; o operador Fernando Baiano; o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o ex-senador Delcidio do Amaral.