O Itamaraty, comandado por Ernesto Araújo, contribuiu para a saída às pressas de Abraham Weintraub, investigado por fake news, do Brasil. "O Ministério das Relações Exteriores confirmou que intercedeu junto à embaixada dos Estados Unidos para a obtenção do visto de entrada para o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. O visto foi solicitado no passaporte diplomático do ex-titular do MEC, que havia sido designado para um cargo no Banco Mundial", aponta reportagem de Renato Machado, publicada no Valor Econômico.

"Na ocasião, o senhor Weintraub apresentou carta, datada de 17 de junho de 2020, pela qual o Ministério da Economia informava o Banco Mundial sobre a indicação, e solicitou os bons ofícios do Ministério das Relações Exteriores para requerer visto de entrada nos Estados Unidos", informa trecho da resposta, que ainda esclarece que o pedido de visto foi encaminhado à embaixada americana no mesmo dia 18.

Procurada, a embaixada dos Estados Unidos não respondeu até a conclusão deste texto se concedeu o visto ao então ministro ou se ele viajou com outro documento que não o passaporte diplomático, aponta ainda a reportagem. Weintraub passou a ser investigado depois de dizer, na reunião ministerial de 22 de abril deste ano, que deveriam se colocar "vagabundos na cadeia" e "começando pelo STF".