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string(2872) "O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT em 2018, comentou nesta terça-feira 19, em entrevista ao canal no Youtube do jornalista Fábio Pannunzio, TV Giramundo, a revelação feita pelo ex-ministro Gustavo Bebianno de que o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, negociava seu cargo em encontros com Paulo Guedes, atual titular da pasta de Economia, ainda durante a campanha presidencial.
"A primeira preocupação é um ministro da Justiça que não fala a verdade. É muito grave quando você é obrigado a omitir detalhes da sua vida pública - porque ele tem uma vida pública, ele é servidor público, que tem protocolos a serem observados, dentre os quais a agenda aberta com personalidades políticas. Todo mundo sabia quem era o Paulo Guedes", comenta Haddad.
"Ele omitiu inclusive do Congresso Nacional essa informação, o que do meu ponto de vista revela - como tudo o que ele faz na vida - que o Moro nunca foi juiz, ele sempre foi um agente político, sempre teve projeto de poder", acrescenta, em referência aos depoimentos dados por Moro na Câmara e no Senado para esclarecer as revelações do site The Intercept, a 'Vaza Jato'. Na ocasião, Moro negou ter tido qualquer relação com a campanha de Bolsonaro.
"O processo pelo qual ele condenou o Lula é uma verdadeira farsa, mas a ação na mídia, do Ministério Público tentando conduzir, manipular a opinião pública tentando conduzir um resultado pré-determinado definiu o resultado das eleições no ano passado", avalia Haddad, destacando a forma como o PT foi prejudicado na disputa presidencial de 2018.
"E o que você falou", prosseguiu Haddad, em referência à notícia trazida por Bebianno a respeito dos encontros entre Moro e Guedes, "foi uma das manobras entre muitas das que foram feitas. Essa semana mesmo houve a informação de que 400 mil números de WhatsApp foram bloqueados no Brasil".
Na entrevista concedida a Pannunzio, Bebianno contou que aliados tiveram um encontro na casa de Bolsonaro no dia do segundo turno. "Paulo Guedes me chama e diz 'quero conversar com um você um negócio importante'. Ele me contou já tinha tido cinco ou seis conversas com Sérgio Moro e que Moro estaria disposto a abandonar a magistratura e aceitar o desafio como ministro da Justiça", disse o ex-ministro.
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