247 - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, publicou nesta terça-feira (18) uma mensagem na rede social X, com o objetivo de alertar para o fato de que a ida de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para os Estados Unidos é uma tentativa “desesperada” do parlamentar de conseguir apoio da extrema-direita norte-americana, e evitar prováveis punições contra Jair Bolsonaro (PL) no inquérito do plano golpista.

“A fuga de Eduardo Bolsonaro para os EUA é mais uma encenação desesperada da família golpista e seus cúmplices. Querem se passar por vítimas e difamam o Brasil, de forma criminosa, mentindo que vivemos numa ditadura. Quem tramou um golpe e até assassinatos para usurpar o poder foram eles. Não foi Disneylândia, foram atentados violentos às sedes dos poderes. Não é perseguição, é o devido processo legal em andamento. E não será mentindo que vão se livrar de um encontro com Justiça, cada vez mais próximo”, escreveu Gleisi.

Na investigação do plano golpista, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro, que depois foi denunciado junto a outras 33 pessoas pela Procuradoria-Geral da República. A PGR acusou o ex-mandatário dos crimes de organização criminosa, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin marcou para o dia 25 de março a sessão para julgar Bolsonaro. Na Corte, a 1ª Turma, que fará o julgamento, também é composta pelos ministros Luiz Fux, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Moraes.

Se a denúncia for aceita, o ex-mandatário, o general Braga Netto e mais seis investigados se tornarão réus - Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Mauro Cid (delator de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (general do Exército e ex-ministro da Defesa).