POLÍTICA


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, durante entrevista ao programa #Provoca a TV Cultura, que sentiu  o “peso da faixa presidencial” e prefere muito mais ser ex-presidente.


Durante a entrevista FHC falou sobre o presidente  Jair Bolsonaro (sem partido), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a legalização da maconha medicinal.


Questionado sobre o peso da faixa presidencial, FHC falou que prefere ser ex-presidente. “Ex é sempre bom”, disse.


"É grande. Você usar aquilo (faixa presidencial) é meio chato, né? Porque você fica limitado, fica mais pomposo. (...) A presidência cansa, pesa, né? (...) Claro que se eu não gostasse eu não teria sido. De qualquer maneira, é melhor ser ex-presidente", explica.
 
Lula x Bolsonaro 


Ao falar sobre Bolsonaro, FHC afirmou nunca ter visto o presidente. “Eu não conheço o Bolsonaro. Eu nunca vi o Bolsonaro na vida, foi deputado. Eu fui tudo, ministro, deputado, senador, presidente, e nunca vi o Bolsonaro."


Questionado sobre as falas do presidente, que em 1999, afirmou que o Brasil só mudaria quando ele matasse algumas pessoas, incluindo Fernando Henrique, FHC disse que não sentiu medo.


"Não, eu não tive medo nenhum. É modo de dizer dele. Você sabe que eu nem guardo essas coisas, eu esqueço. (...) Eu acho, bom, eu não tenho sentimento de raiva. Bolsonaro, nem sei, ele fala tanta bobagem, foi uma a mais, né?", disse.


Ao falar de Lula, o ex-presidente disse que o petista nunca perdeu a essência. "O Lula teve uma virtude, ele nunca esqueceu da origem dele, que é popular, ele nunca deixou de ser popular, de falar com povo, se preocupar com povo, embora tenha feito lá também seus arranjos para governar ou sei lá pra quê".
 
Cannabis 


Nos últimos meses, FHC vem abraçando a causa da cannabis medicinal. De acordo com ele, a ação é difícil, mas ele tinha “uma obrigação moral” de falar sobre a pauta.


"Alguém tem que abraçar causas que são difíceis, né? E eu pertenço a um grupo em Portugal, uma Fundação chamada Champalimaud, eu achei que eu tinha obrigação moral, se eu posso dizer assim, de dizer o que eu penso da matéria, né? Hoje em dia o pessoal mais jovem fuma maconha, gosta, ou sei lá se gosta, experimenta. Não é o meu caso, mas nem por isso eu vou ser contra. Eu acho que a pessoa tem que ter o direito de experimentar. Agora, você não deve recomendar. E sim dizer, olha, isso é ruim, faz mal à saúde, lutar contra, né? ", explica.
 
O programa #Provoca a TV Cultura vai ao ar na terça-fiera (27/7).