O alto índice de rejeição de Jair Bolsonaro (PL) levou o núcleo duro da campanha pela reeleição do atual ocupante do Palácio do Planalto a buscar uma “bala de prata” para tentar reverter a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a disputa pela Presidência da República, segundo todas as pesquisas.

De acordo com a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, a ordem “é conseguir algo relevante que seja capaz de minar a imagem e ampliar a rejeição do principal rival do presidente”, o que inclui o uso de “baixarias” relacionadas à família de Lula.

As “pesquisas” sobre o entorno familiar de Lula passaram a ser discutidas após o fracasso da tentativa de envolver o hacker Walter Delgatti, responsável por extrair as mensagens que deram origem à Vaza Jato, uma série de reportagens sobre as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e por procuradores do Ministério Público Federal no Paraná contra o ex-presidente Lula. 

 
Delgatti foi apresentado à campanha de Jair Bolsonaro pela deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). O objetivo era obter supostas revelações comprometedoras contra Lula e o PT indicando que a Vaza Jato seria fruto de uma estratégia do Partido dos Trabalhadores para livrar Lula de processos relacionados à Operação Lava Jato. Delgatti teria pedido dinheiro para falar. 
 
Lula foi inocentado de todas as acusações e o ex-juiz Sergio Moro foi declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 
“Não significa, porém, que o plano tenha sido de todo descartado. No entorno de Bolsonaro, ainda há quem considere a ideia de retomá-lo – a despeito do risco de reeditar alopragens de campanhas do passado”, ressalta a reportagem.