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Sete deputados estaduais e dois federais mineiros do MDB enviaram, anteontem, uma carta ao diretório nacional da sigla pedindo intervenção no diretório de Minas, comandado pelo deputado federal Newton Cardoso Jr.
O documento foi assinado pelos deputados federais Mauro Lopes e Hercílio Coelho Diniz e por toda a bancada estadual: Celise Laviola, Douglas Melo, João Magalhães, Sávio Souza Cruz, Tadeu Leite, Thiago Cota e Leonídio Bouças.
O MDB prorrogou os mandatos dos diretórios estaduais em todo o Brasil, com exceção de Minas e outros três Estados. No caso mineiro, os deputados pedem que isso não aconteça e que, ao fim do mandato de Newton, em julho, seja constituída uma comissão provisória para a realização de novas eleições “propiciando a formação de chapas para candidaturas viáveis ao pleito de 2022”.
Eles também pedem a suspensão das convenções municipais, “pois visam no momento apenas à eleição de delegados direcionados à perpetuação da atual gestão”.
A insatisfação com a atual gestão já era comentada nos bastidores. Um dos líderes do grupo que pede a intervenção é Adalclever Lopes, atual secretário de Governo da Prefeitura de BH. Para justificar o pedido, os deputados argumentam que Newton usou a sede do diretório “como extensão do gabinete parlamentar”; tentou coagir lideranças do interior a apoiá-lo, sob pena de terem seus diretórios cassados; tem um estilo absolutista de governar; e de direcionar, desproporcionalmente, verbas do Fundo Eleitoral para diretórios de cidades nas quais tem base eleitoral.
Segundo os parlamentares, essas práticas prejudicaram a sigla nas urnas. Nas eleições de 2016, o MDB elegeu 164 prefeitos e recebeu cerca de 1,8 milhão de votos na eleição majoritária; quatro anos depois, já sob a direção atual, foram 98 prefeitos e 872 mil votos recebidos.
Outro lado
Procurado, Newton Cardoso Jr. informou que divergências são naturais, mas que lamenta que a situação tenha chegado a esse ponto. Informou ainda que o MDB de Minas não foi notificado oficialmente. O presidente estadual disse que o diretório tinha dívidas quando assumiu, mas que agora o caixa opera com superávit.
Em uma carta enviada ao diretório nacional em março, Newton afirma que nas eleições de 2020 o partido se manteve entre os três maiores de Minas e foi a legenda que elegeu mais prefeitos, vices e vereadores.
No documento, ele diz ter apoio para prorrogar seu mandato de mais de 40 dos 71 membros da Executiva. Em outro trecho, ele atribui, de forma velada, a briga interna à uma tentativa da ala adversária de garantir o apoio do MDB a Kalil em uma candidatura ao Palácio Tiradentes.
O MDB Nacional informou que ainda não tomou uma decisão sobre o pedido de intervenção e que aguarda que as alas cheguem a um entendimento.
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Sete deputados estaduais e dois federais mineiros do MDB enviaram, anteontem, uma carta ao diretório nacional da sigla pedindo intervenção no diretório de Minas, comandado pelo deputado federal Newton Cardoso Jr.
O documento foi assinado pelos deputados federais Mauro Lopes e Hercílio Coelho Diniz e por toda a bancada estadual: Celise Laviola, Douglas Melo, João Magalhães, Sávio Souza Cruz, Tadeu Leite, Thiago Cota e Leonídio Bouças.
O MDB prorrogou os mandatos dos diretórios estaduais em todo o Brasil, com exceção de Minas e outros três Estados. No caso mineiro, os deputados pedem que isso não aconteça e que, ao fim do mandato de Newton, em julho, seja constituída uma comissão provisória para a realização de novas eleições “propiciando a formação de chapas para candidaturas viáveis ao pleito de 2022”.
Eles também pedem a suspensão das convenções municipais, “pois visam no momento apenas à eleição de delegados direcionados à perpetuação da atual gestão”.
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Outro lado
Procurado, Newton Cardoso Jr. informou que divergências são naturais, mas que lamenta que a situação tenha chegado a esse ponto. Informou ainda que o MDB de Minas não foi notificado oficialmente. O presidente estadual disse que o diretório tinha dívidas quando assumiu, mas que agora o caixa opera com superávit.
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