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Apesar dos receios e das ameaças bolsonaristas de que ele não subiria a rampa presidencial, como falavam contra Vargas, Lula o fez com pompa e circunstância. E ainda superou, com criatividade e visão social, a ausência do antecessor na transmissão do cargo e da faixa presidencial.
Sem grandes riscos à posse, Lula decidiu realizar o tradicional desfile em carro aberto e sequer usou colete à prova de balas, antes recomendado pela Polícia Federal.
Governabilidade necessária
Como Zema, Lula exaltou a frente ampla que formou na campanha eleitoral e que será capaz de lhe dar a maioria no Congresso Nacional. Uma base necessária para a governabilidade e viabilização de seu projeto de recuperação do país, após o desastre bolsonarista.
Nessa composição, reforçada na montagem dos ministérios, o novo presidente ampliou a base governista de 24,4% na Câmara dos Deputados para 55,9%. No Senado, o ganho foi ainda mais expressivo, de 17,3% para 58%.
Ficaram de fora, claro, a oposição, que está no campo da direita e da extrema direita, e que deverá se preparar para criar as dificuldades e tentar voltar ao poder daqui a quatro anos.
Bolsonaristas boicotam posse
E já começaram no domingo mesmo, por exemplo, os governadores declaradamente bolsonaristas. O de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano Ronaldo Caiado e o amazonense Wilson Lima, decidiram boicotar a posse, mas não convenceram o do Rio, Cláudio Castro, que compareceu. O mineiro Romeu Zema também não foi, mas para evitar a classificação bolsonarista, argumentou aspectos logísticos entre sua posse e a de Lula. É claro, que faltou vontade política de ir, pois seria muito fácil a Zema, que sucedeu a si mesmo, contornar problemas de agenda.
Não o fez e terá, como os bolsonaristas, mais uma dificuldade na relação administrativa e de aproximação necessária com o novo governo federal. Como Lula já disse que não se candidatará novamente, a sucessão dele, pode-se dizer, já começou. A direita, o centro-direita e os bolsonaristas apostam nas dificuldades econômicas do novo presidente para se cacifarem no futuro. Por mais que se antecipe, o assunto é para o futuro.
Zema e Mateus Simões tomam posse
Zema amplia a base
Em seu discurso de posse, Zema também comemorou a ampliação da base política, pontuando que, quando foi eleito, pela primeira vez, tinha apoio apenas de seu partido, o Novo. Agora sua base chega a 10 partidos, o que lhe dará maioria folgada para aprovar os projetos que não conseguiu no primeiro mandato. Ainda está aprendendo a lidar com a política, que considerava como coisa velha e ultrapassada.
Mesmo assim, ele terminou o primeiro mandato vencendo a queda de braço com os deputados estaduais. Pois, sem o aval legislativo, fez a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), seu projeto mais polêmico, por meio de decisão judicial. E mais, realizou também o leilão do Metrô de BH na última semana do ano passado.
No campo político, travou a Assembleia Legislativa para evitar pautas-bomba. Depois, fez acordo para destravar, com a retirada do regime de urgência ao RRF, e quando identificou uma pauta bomba na votação do orçamento, ameaçou vetar tudo. Deu de cara ali com uma PEC que reajustava de 1% para 2% o percentual das emendas obrigatórias dos deputados. Em vez do confronto, barrou a votação e mostrou força política. Nesse cenário, poderá eleger um aliado como futuro presidente da Assembleia ou fazer alguma composição que não lhe traga riscos.
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Como Zema, Lula exaltou a frente ampla que formou na campanha eleitoral e que será capaz de lhe dar a maioria no Congresso Nacional. Uma base necessária para a governabilidade e viabilização de seu projeto de recuperação do país, após o desastre bolsonarista.
Nessa composição, reforçada na montagem dos ministérios, o novo presidente ampliou a base governista de 24,4% na Câmara dos Deputados para 55,9%. No Senado, o ganho foi ainda mais expressivo, de 17,3% para 58%.
Ficaram de fora, claro, a oposição, que está no campo da direita e da extrema direita, e que deverá se preparar para criar as dificuldades e tentar voltar ao poder daqui a quatro anos.
Bolsonaristas boicotam posse
E já começaram no domingo mesmo, por exemplo, os governadores declaradamente bolsonaristas. O de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano Ronaldo Caiado e o amazonense Wilson Lima, decidiram boicotar a posse, mas não convenceram o do Rio, Cláudio Castro, que compareceu. O mineiro Romeu Zema também não foi, mas para evitar a classificação bolsonarista, argumentou aspectos logísticos entre sua posse e a de Lula. É claro, que faltou vontade política de ir, pois seria muito fácil a Zema, que sucedeu a si mesmo, contornar problemas de agenda.
Não o fez e terá, como os bolsonaristas, mais uma dificuldade na relação administrativa e de aproximação necessária com o novo governo federal. Como Lula já disse que não se candidatará novamente, a sucessão dele, pode-se dizer, já começou. A direita, o centro-direita e os bolsonaristas apostam nas dificuldades econômicas do novo presidente para se cacifarem no futuro. Por mais que se antecipe, o assunto é para o futuro.
Zema e Mateus Simões tomam posse
Zema amplia a base
Em seu discurso de posse, Zema também comemorou a ampliação da base política, pontuando que, quando foi eleito, pela primeira vez, tinha apoio apenas de seu partido, o Novo. Agora sua base chega a 10 partidos, o que lhe dará maioria folgada para aprovar os projetos que não conseguiu no primeiro mandato. Ainda está aprendendo a lidar com a política, que considerava como coisa velha e ultrapassada.
Mesmo assim, ele terminou o primeiro mandato vencendo a queda de braço com os deputados estaduais. Pois, sem o aval legislativo, fez a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), seu projeto mais polêmico, por meio de decisão judicial. E mais, realizou também o leilão do Metrô de BH na última semana do ano passado.
No campo político, travou a Assembleia Legislativa para evitar pautas-bomba. Depois, fez acordo para destravar, com a retirada do regime de urgência ao RRF, e quando identificou uma pauta bomba na votação do orçamento, ameaçou vetar tudo. Deu de cara ali com uma PEC que reajustava de 1% para 2% o percentual das emendas obrigatórias dos deputados. Em vez do confronto, barrou a votação e mostrou força política. Nesse cenário, poderá eleger um aliado como futuro presidente da Assembleia ou fazer alguma composição que não lhe traga riscos.