7 DE SETEMBRO

Possível candidato nas eleições presidenciais em 2022, o pedetista Ciro Gomes pediu para que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se protejam nas manifestações que vão ocorrer em 7 de setembro.


“Pelo amor de Deus, se você for Bolsonaro, vá pro seu protesto, mas vá com cuidado, se proteja, não seja bobo, não deixe sua família se expor no momento que esses políticos estão jogando com seu destino, com sua vida”, afirmou.
 
De acordo com Ciro, Bolsonaro quer “produzir um cadáver” para criar um ambiente de caos. Ele citou uma minoria de “policiais celerados e bandidos” que “podem matar uma senhora, ou uma criança, para  criar um ambiente de caos instituicional”.


Para Ciro, Bolsonaro quer mudar a lógica para poder se defender, já que ele “deve perder para qualquer um de nós”.


“Tenho pedido para que meus companheiros do PDT evitem ir à rua, porque tudo que o Bolsonaro quer hoje é produzir o cadáver de uma senhora, ou de uma criança, de preferência, porque ele vai infiltrar gente nessas manifestações pra dizer que foi a esquerda , que foi não sei quem, que foram os comunistas, enfim, esses delírios dele ”, disse.
 
O dia 7
 
As manifestações do 7 de Setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.
 
Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações ampliaram as tensões entre Bolsonaro e o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, também ministro do STF.


Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.

Após diversos xingamentos do presidente direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.


A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente marcham a Brasília para protestar contra a Corte, pedir o voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não seja extinta, a implantação de um regime militar.