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Após rejeitar a abertura do processo de cassação contra o vereador Marcos Crispim (Podemos), a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) instaurou, nesta segunda-feira (4/9), um processo para cassar o mandato do presidente Gabriel Azevedo (sem partido) por quebra de decoro parlamentar. Foram 26 votos favoráveis ao recebimento da denúncia e 14 abstenções.
Os 26 votos favoráveis à abertura do processo de cassação, hoje, não seriam suficientes para aprovar a cassação de Gabriel. Para ser aprovada, a cassação deve ter maioria qualificada, ou seja, 28 votos. O parecer deve ser dado em até 90 dias por uma comissão processante, que será formada pelas vereadoras Professora Marli (PP), Janaina Cardoso (União) e Iza Lourença (PSOL).
A pedido do vereador Wesley (PP), que é um dos líderes da Família Aro, grupo coordenado pelo ex-deputado federal e secretário-chefe de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), e com quem Gabriel rompeu, a votação foi nominal, ou seja, cada um dos vereadores registrou o voto individualmente. Ao contrário da de Gabriel, a votação do pedido de cassação de Crispim, por exemplo, foi simbólica.
Em ironia ao presidente, Wesley afirmou que, até então, conhecia apenas Gabriel, o Pensador, mas que, agora, a CMBH tem "Gabriel, o Gravador". "Fico pensando o quão grande deve ser o arquivo de gravações (de ligação) do vereador, não só de nós, vereadores que vamos votar contra ele, mas até mesmo de vereadores que vão votar para defendê-lo neste processo", afirmou o vereador, que ainda pediu ao presidente que renunciasse ao mandato.
Além de Wesley, todos os vereadores da Família Aro discursaram. Wilsinho da Tabu (PP) criticou a postura de Gabriel ao gravar chamadas com os demais parlamentares. "Gravar um colega para utilizar e depois pedir a cassação é muito feio. Não é republicano, não é democrático. Tenho certeza que nenhum de nós gostaria de estar aqui tratando de um pedido de cassação de um membro desta Casa", pontuou Wilsinho, que também é alvo de um pedido de cassação.
Bancada do PDT também reage a Gabriel
O vereador Wagner Ferreira (PDT), que foi xingado de "resto de ontem" por Gabriel ao assumir a vice-liderança do governo Fuad Noman (PSD) após a função ser recusada por outros parlamentares, disse que é muito duro ser chamado assim. "Como os cristãos desta Casa sabem, a palavra tem poder e esse poder é muito significativo. Essa violência não pode continuar na Câmara Municipal", afirmou o vereador.
Já o vereador Miltinho CGE (PDT), que reiterou as acusações de uma suposta perseguição de Gabriel por ter votado no vereador licenciado Claudiney Dulim (Avante) para a presidência, disse que foi colocado como "bandido" após a CMBH ter recebido um pedido para cassá-lo. "Me jogou no fogo. Nunca falei mal do presidente da Casa. Vários me viram chorar. Você vê a sua imagem na televisão como bandido e isso dói. Fui injustiçado", apontou Miltinho.
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Após rejeitar a abertura do processo de cassação contra o vereador Marcos Crispim (Podemos), a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) instaurou, nesta segunda-feira (4/9), um processo para cassar o mandato do presidente Gabriel Azevedo (sem partido) por quebra de decoro parlamentar. Foram 26 votos favoráveis ao recebimento da denúncia e 14 abstenções.
Os 26 votos favoráveis à abertura do processo de cassação, hoje, não seriam suficientes para aprovar a cassação de Gabriel. Para ser aprovada, a cassação deve ter maioria qualificada, ou seja, 28 votos. O parecer deve ser dado em até 90 dias por uma comissão processante, que será formada pelas vereadoras Professora Marli (PP), Janaina Cardoso (União) e Iza Lourença (PSOL).
A pedido do vereador Wesley (PP), que é um dos líderes da Família Aro, grupo coordenado pelo ex-deputado federal e secretário-chefe de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), e com quem Gabriel rompeu, a votação foi nominal, ou seja, cada um dos vereadores registrou o voto individualmente. Ao contrário da de Gabriel, a votação do pedido de cassação de Crispim, por exemplo, foi simbólica.
Em ironia ao presidente, Wesley afirmou que, até então, conhecia apenas Gabriel, o Pensador, mas que, agora, a CMBH tem "Gabriel, o Gravador". "Fico pensando o quão grande deve ser o arquivo de gravações (de ligação) do vereador, não só de nós, vereadores que vamos votar contra ele, mas até mesmo de vereadores que vão votar para defendê-lo neste processo", afirmou o vereador, que ainda pediu ao presidente que renunciasse ao mandato.
Além de Wesley, todos os vereadores da Família Aro discursaram. Wilsinho da Tabu (PP) criticou a postura de Gabriel ao gravar chamadas com os demais parlamentares. "Gravar um colega para utilizar e depois pedir a cassação é muito feio. Não é republicano, não é democrático. Tenho certeza que nenhum de nós gostaria de estar aqui tratando de um pedido de cassação de um membro desta Casa", pontuou Wilsinho, que também é alvo de um pedido de cassação.
Bancada do PDT também reage a Gabriel
O vereador Wagner Ferreira (PDT), que foi xingado de "resto de ontem" por Gabriel ao assumir a vice-liderança do governo Fuad Noman (PSD) após a função ser recusada por outros parlamentares, disse que é muito duro ser chamado assim. "Como os cristãos desta Casa sabem, a palavra tem poder e esse poder é muito significativo. Essa violência não pode continuar na Câmara Municipal", afirmou o vereador.
Já o vereador Miltinho CGE (PDT), que reiterou as acusações de uma suposta perseguição de Gabriel por ter votado no vereador licenciado Claudiney Dulim (Avante) para a presidência, disse que foi colocado como "bandido" após a CMBH ter recebido um pedido para cassá-lo. "Me jogou no fogo. Nunca falei mal do presidente da Casa. Vários me viram chorar. Você vê a sua imagem na televisão como bandido e isso dói. Fui injustiçado", apontou Miltinho.