ANISTIA

A atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PT), rebateu os ataques do Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), feitos durante o ato bolsonarista realizado no Rio de Janeiro na manhã deste domingo (16/3). A manifestação pedia a anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, Tarcísio atacou o governo federal e defendeu a volta de Bolsonaro à presidência do Brasil. Devido a condenações eleitorais, o ex-presidente está inelegível até 2030, além de ser um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento no 8 de janeiro.

“Ninguém aguenta mais a inflação porque tem um governo irresponsável que gasta mais do que deve. Ninguém aguenta mais o arroz caro, o ovo caro. Prometeram Picanha e não tem nem ovo. E se está tudo caro, volta Bolsonaro”, disse Tarcísio em discurso na praia de Copacabana, onde o ato ocorreu.

Em resposta, Gleisi publicou na rede social X: “O presidente Lula disputou seis eleições ao Planalto. Quando não venceu, respeitou o resultado, não tramou golpes nem atacou as instituições. Quando foi eleito, mudou o Brasil pra melhor (e segue mudando). Não é @LulaOficial que tem medo de perder, governador Tarcísio. É Bolsonaro que tem medo da prisão”, comentou a ministra.

A fala surge em meio a acusações sofridas por Bolsonaro de envolvimento na tentativa de golpe de janeiro de 2023, conforme denúncia apresentada pela PGR. Nos dias 25 e 26 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá iniciar a análise do documento, que coloca Bolsonaro como líder de uma organização criminosa com o objetivo de contestar o resultado das urnas após a vitória de Lula nas eleições de 2022.

A defesa do ex-presidente afirma que a denúncia da PGR não apresenta provas contundentes que apontem Bolsonaro como autor da tentativa de golpe de Estado.