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O presidente Jair Bolsonaro foi incluído, pela primeira vez, na lista de "predadores da liberdade de imprensa" elaborada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF). A edição de 2021 foi divulgada nesta segunda-feira (5/7) e é composta por 37 chefes de Estado ou governo que impõem uma repressão massiva à liberdade de imprensa.
Para cada "predador", a ONG internacional divulga um perfil dos motivos que fizeram ele ser incluído na lista. A edição descreve que Bolsonaro usa "insulto, humilhação e ameaças vulgares" como "modo de predação". De acordo com a publicação, desde que Bolsonaro assumiu a presidência tornou muito mais difícil o trabalho da imprensa. "Sua marca registrada? Insultar, estigmatizar e humilhar jornalistas muito críticos", diz.
A publicação também lembra da forma como o governo utiliza as redes sociais para desacreditar a mídia. "Nas redes sociais, exércitos de apoiadores e robôs retransmitem e amplificam os ataques que visam desacreditar a imprensa, apresentada como inimiga do Estado", destaca.
Os maiores ataques foram registrados contra mulheres jornalistas, analistas políticos e contra a rede Globo. A Repórteres Sem Fronteiras registrou mais de 180 ataques contra o grupo Globo em 2020. Também é citado o ataque a jornalista Patricia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. Em março, Bolsonaro foi condenado a indenizar a profissional por ter usado um comentário de cunho sexual para se referir a ela. "Ataques sexistas e misóginos contra jornalistas mulheres também são um forte marcador do bolsonarismo", diz o texto.
Os predadores
A última edição da lista tinha sido publicada em 2016. Neste ano, 17 governantes aparecem pela primeira vez, quase metade dos 37 que compõem a lista. Esta edição também traz a novidade de citar pela primeira vez duas mulheres e um europeu.
Entre os novos integrantes da lista também está o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, suspeito de ordenar o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018. Já O presidente sírio, Bashar Al-Assad, e o líder da revolução iraniana, Ali Khamenei, figuram na lista desde que ela foi criada, há 20 anos.
Também fazem parte da lista o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping.
Dos 37 líderes, 16 representam países que estão na pior posição do relatório anual da RSF sobre a liberdade de imprensa e 19 vêm de países que figuram na lista vermelha, onde o exercício do jornalismo é considerado difícil, como é o caso do Brasil.
"Cada um desses predadores tem um jeito especial. Alguns fazem com que reine o terror, com ordens irracionais e paranóicas; outros estão implementando estratégias muito estruturadas com base em leis liberticidas. O desafio é fazer com que hoje esses predadores paguem o preço mais alto possível por essa repressão. Não deixemos que sua maneira de agir se torne 'o novo normal'", diz a publicação.
PL sobre terrorismo
A lista foi divulgada ao mesmo tempo em que a Câmara dos Deputados voltou a analisar um projeto de lei (PL) que busca endurecer a ação policial contra atos terroristas no país. Entidades de direitos humanos se preocupam com o projeto, devido ao receio de que caso ele seja aprovado se proíba a realização de manifestações contra o governo, como as que aconteceram no último sábado em todo o país, já que o texto não deixa claro o que seria considerado terrorismo.
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Para cada "predador", a ONG internacional divulga um perfil dos motivos que fizeram ele ser incluído na lista. A edição descreve que Bolsonaro usa "insulto, humilhação e ameaças vulgares" como "modo de predação". De acordo com a publicação, desde que Bolsonaro assumiu a presidência tornou muito mais difícil o trabalho da imprensa. "Sua marca registrada? Insultar, estigmatizar e humilhar jornalistas muito críticos", diz.
A publicação também lembra da forma como o governo utiliza as redes sociais para desacreditar a mídia. "Nas redes sociais, exércitos de apoiadores e robôs retransmitem e amplificam os ataques que visam desacreditar a imprensa, apresentada como inimiga do Estado", destaca.
Os maiores ataques foram registrados contra mulheres jornalistas, analistas políticos e contra a rede Globo. A Repórteres Sem Fronteiras registrou mais de 180 ataques contra o grupo Globo em 2020. Também é citado o ataque a jornalista Patricia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. Em março, Bolsonaro foi condenado a indenizar a profissional por ter usado um comentário de cunho sexual para se referir a ela. "Ataques sexistas e misóginos contra jornalistas mulheres também são um forte marcador do bolsonarismo", diz o texto.
Os predadores
A última edição da lista tinha sido publicada em 2016. Neste ano, 17 governantes aparecem pela primeira vez, quase metade dos 37 que compõem a lista. Esta edição também traz a novidade de citar pela primeira vez duas mulheres e um europeu.
Entre os novos integrantes da lista também está o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, suspeito de ordenar o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018. Já O presidente sírio, Bashar Al-Assad, e o líder da revolução iraniana, Ali Khamenei, figuram na lista desde que ela foi criada, há 20 anos.
Também fazem parte da lista o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping.
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