ELEIÇÕES 2024

 

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) informou nesta terça-feira (16) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), não estão proibidos pela Justiça de se falar e se encontrar.

Os dois são investigados por suposto envolvimento em um plano de espionagem da Abin durante a gestão de Ramagem com o objetivo de beneficiar a família Bolsonaro. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes havia proibido investigados na última fase da operação Última Milha da PF de se relacionarem. 

O ex-presidente e o deputado, no entanto, são alvos de outros inquéritos análogos ao caso  e não estão entre os investigados da última semana, o que os excluem da decisão do magistrado.

Diante disso, o apoio de Jair Bolsonaro à eventual candidatura de Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio em outubro, inclusive com participação em eventos de campanha, não fica, até então, comprometido. Se não pudessem se falar, como é o caso de Bolsonaro com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, partido do qual ele faz parte, o papel do principal cabo eleitoral do deputado ficaria comprometido. 

A partir de sábado (20), os partidos políticos estão liberados para realizar convenções partidárias e confirmar os nomes dos seus candidatos nas eleições municipais de 6 de outubro. A data da convenção do PL no Rio ainda não foi marcada.

Nessa segunda-feira (15), Alexandre de Moraes permitiu a quebra de sigilo do áudio de uma reunião entre o ex-presidente, o deputado e advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O material, apreendido no computador de Ramagem e gravado clandestinamente por ele, registrou a discussão de uma estratégia de defesa do filho de Bolsonaro no caso das “rachadinhas”.