O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem a maior rejeição, com 54%, entre os presidenciáveis. É o que aponta a nova pesquisa da BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira (15/8).
De acordo com os dados, Ciro Gomes (PDT) apresenta a segunda maior rejeição com 48% das respostas negativas.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupa o terceiro lugar no ranking, com 44%. Depois vem a senadora Simone Tebet (MDB) que tem 2% das respostas negativas, mas 57% das pessoas nem ao menos a conheciam.
Pablo Marçal (Pros) é rejeitado por 26% da população, mas é desconhecido entre 67% dos entrevistados. Já Felipe D'Avilla (Novo) é rejeitado por 30% e desconhecido por 65%.
Lula cresce
Lula voltou ao patamar de 45%, enquanto o presidente Jair Bolsonaro ficou estacionado nos 34%. A diferença entre os dois, hoje, está em 11 pontos percentuais. Na simulação de 2º turno, Lula foi a 53%, enquanto Bolsonaro oscilou de 39% para 38%.De acordo com a pesquisa, o petista atraiu eleitores indecisos ou que falavam em anular seus votos. Além disso, a desistência do deputado André Janones (Avante-MG),que até então tinha 2% das intenções de voto, também colaborou com o resultado.
Ainda segundo a pesquisa, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) teve 8%, 1 ponto percentual a mais do que os 7% da pesquisa da semana passada, e Simone Tebet (MDB) registrou 2%, 1 ponto percentual a menos do que na mostra anterior.
Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somaram 1%, outros 2% não souberam ou não responderam e 5% declararam não votar em nenhum dos candidatos.
Segundo turno
Na simulação de um possível segundo turno, o ex-presidente segue na liderança por 53% contra 38% do presidente. Anteriormente, Lula pontuara 51% e Bolsonaro, 39%. Nessa simulação, Lula cresceu 2 pontos percentuais e Bolsonaro cresceu.
Lula venceria Ciro por 50% a 29% e Simone por 54% a 26%. Ciro bateria Bolsonaro por 47% a 39%.
Em eventual segundo turno entre Bolsonaro e Simone haveria empate técnico: 42% a 40% para o atual presidente.
Diminuição no valor dos combustíveis
Ainda de acordo com a pesquisa, o efeito positivo que a redução no preço dos combustíveis poderia ter na inteção de voto em grande parte já se realizou: o percentual dos que perceberam a baixa do valor nas bombas ficou estável em quase 2/3 do eleitorado (64%). E também não cresceu a fatia do eleitorado que enxerga no governo federal a paternidade da redução.
Apesar da melhora do quadro inflacionário, apenas 21% dos entrevistados afirmam que sua situação financeira individual melhorou nos últimos 30 dias. Outros 44% dizem que permaneceu igual e 34% dizem que ela piorou. Ou seja, uma fatia importante do eleitorado ainda não sentiu efeitos positivos no próprio bolso.
Avaliação governo
De acordo com a pesquisa, a avaliação do governo também interrompeu a trajetória de melhora e estabilizou-se em 33% de ótimo/bom, 21% de regular e 44% de ruim/péssimo. A taxa de aprovação do jeito de governar do presidente também não voltou a melhorar.
Pesquisa
O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-00603/2022.