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string(99) " Bolsonaro devia estar chateado por posse de Trump quando me criticou, diz Astronauta Marcos Pontes"
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string(7616) "BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Candidato avulso à presidência do Senado, o Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) diz que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devia estar chateado quando o criticou, no começo da semana, por ter sido impedido de ir à posse do aliado Donald Trump, nos Estados Unidos.
Bolsonaro disparou contra seu ex-ministro dizendo que a decisão dele de concorrer contra Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à revelia do PL era "lamentável". Pontes minimiza o desgaste e afirma inclusive ter se inspirado no ex-presidente -derrotado quatro vezes à presidência da Câmara.
"Ele devia estar chateado, lógico, eu também estaria chateado. É igual quando você come alguma coisa que bate mal", diz o senador à reportagem.
*PERGUNTA - Por que resolveu se candidatar ao Senado contra um candidato tido como quase unânime?
MARCOS PONTES - Primeiro que unanimidade é ruim para a democracia. Eu tive 11 milhões de votos no Senado em 2022, a maior votação do Brasil e uma das maiores da história. Eu ouço a população o tempo todo e sentia falta de ter um candidato de direita que representasse justamente esses anseios da população, coisas que a gente defende desde a campanha: contra drogas, aborto, jogos, a favor de democracia verdadeira, liberdade, anistia, de colocar os processos de impeachment [contra ministros do STF] para votar.
P - O sr. anunciou a candidatura no mesmo dia em que Bolsonaro declarou o apoio do PL a Alcolumbre, o que demonstrou que o sr. estava isolado e sem respaldo. É isso mesmo?
MP - Respeito a posição do partido, sem problema nenhum, faz parte. Eu tive todo o cuidado de não afetar o partido, falei com o Valdemar [Costa Neto], presidente do partido antes. Falei: vou fazer uma candidatura independente de forma a não ter retaliação [ao PL]. O partido mantém o acordo [com Alcolumbre].
E antes de me apresentar eu fui falar com o Davi também. Falei: Davi, nada contra você, você tem as suas ideias, eu tenho as minhas. Vou apresentar a minha candidatura porque eu acho que tem que ter uma candidatura da direita. Aí ele, pô, mas... Tudo bem, faz parte, isso aí é prerrogativa de um senador. O fato de ser uma candidatura independente não prejudica o partido.
P - Mas o sr. realmente acredita que pode ganhar? O que todo mundo diz é que Alcolumbre será o próximo presidente do Senado.
MP - Nasci na periferia, sem saneamento, sem calçamento, sem nada. Eu falava para o pessoal que queria ser piloto, olhavam para mim e davam risada. E eu fui não só piloto, como fui astronauta. Ou seja, você tem que acreditar nas coisas.
P - O que Valdemar disse?
MP - Ele falou assim: ah, não tem problema, vai lá, [de forma] independente não tem problema nenhum, é uma prerrogativa do senador. Mas você vai ficar decepcionado. Eu falei assim: mas é melhor eu ficar decepcionado com os outros do que ficar decepcionado comigo.
E sabe quem que me inspirou bastante nisso também? Bolsonaro. Ele foi candidato quatro vezes à presidência da Câmara dos Deputados [perdeu em todas as ocasiões].
P - Bolsonaro deixou claro que está está contrariado com o sr.
MP - Eu vi. Eu conheço o Bolsonaro há mais de 20 anos, considero meu amigo. E amigo é aquela coisa, pode concordar contigo ou discordar de você. Faz parte da amizade. O importante é a gente estar pensando no mesmo sentido, em trabalhar para ajudar o Brasil.
Tem que considerar também que foi exatamente o dia que era pra ele estar lá na posse do Trump. E ele devia estar chateado, lógico, eu também estaria chateado. É igual quando você come alguma coisa que bate mal, assim, né? Não tem problema não, tranquilo, a gente continua na luta.
P - Há um incômodo com a candidatura também no PL e no entorno de Alcolumbre. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) chamou de ingratidão e traição.
MP - A opinião da pessoa só serve pra gente conhecê-la. No mais, não serve para muita coisa. O fato de eu ter ido ao espaço me deu mais visão de vida e mais capacidade de avaliar muita coisa do que as pessoas que nunca foram. Isso me dá a serenidade para poder olhar isso aí [e pensar], um dia vai aprender um pouco mais. Com relação à traição, isso não existe.
Continuo a fazer a mesma coisa que eu prometi para os meus eleitores. Não mudei em nada. E vou continuar assim. Eu estava lá fazendo campanha em 2018. Tem que checar, eu não lembro onde estava o Ciro em 2018. Mas eu estava lá fazendo campanha, bastante, para o Bolsonaro, em São Paulo. Mas isso também não vem ao caso; isso está lá no passado, né?
*RAIO-X | MARCOS PONTES, 61
É senador por São Paulo e ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro (PL). Engenheiro aeronáutico e astronauta, tornou-se o primeiro brasileiro a ir ao espaço, em 2006, por meio da Missão Centenário.
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"Ele devia estar chateado, lógico, eu também estaria chateado. É igual quando você come alguma coisa que bate mal", diz o senador à reportagem.
*PERGUNTA - Por que resolveu se candidatar ao Senado contra um candidato tido como quase unânime?
MARCOS PONTES - Primeiro que unanimidade é ruim para a democracia. Eu tive 11 milhões de votos no Senado em 2022, a maior votação do Brasil e uma das maiores da história. Eu ouço a população o tempo todo e sentia falta de ter um candidato de direita que representasse justamente esses anseios da população, coisas que a gente defende desde a campanha: contra drogas, aborto, jogos, a favor de democracia verdadeira, liberdade, anistia, de colocar os processos de impeachment [contra ministros do STF] para votar.
P - O sr. anunciou a candidatura no mesmo dia em que Bolsonaro declarou o apoio do PL a Alcolumbre, o que demonstrou que o sr. estava isolado e sem respaldo. É isso mesmo?
MP - Respeito a posição do partido, sem problema nenhum, faz parte. Eu tive todo o cuidado de não afetar o partido, falei com o Valdemar [Costa Neto], presidente do partido antes. Falei: vou fazer uma candidatura independente de forma a não ter retaliação [ao PL]. O partido mantém o acordo [com Alcolumbre].
E antes de me apresentar eu fui falar com o Davi também. Falei: Davi, nada contra você, você tem as suas ideias, eu tenho as minhas. Vou apresentar a minha candidatura porque eu acho que tem que ter uma candidatura da direita. Aí ele, pô, mas... Tudo bem, faz parte, isso aí é prerrogativa de um senador. O fato de ser uma candidatura independente não prejudica o partido.
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MP - Ele falou assim: ah, não tem problema, vai lá, [de forma] independente não tem problema nenhum, é uma prerrogativa do senador. Mas você vai ficar decepcionado. Eu falei assim: mas é melhor eu ficar decepcionado com os outros do que ficar decepcionado comigo.
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MP - Eu vi. Eu conheço o Bolsonaro há mais de 20 anos, considero meu amigo. E amigo é aquela coisa, pode concordar contigo ou discordar de você. Faz parte da amizade. O importante é a gente estar pensando no mesmo sentido, em trabalhar para ajudar o Brasil.
Tem que considerar também que foi exatamente o dia que era pra ele estar lá na posse do Trump. E ele devia estar chateado, lógico, eu também estaria chateado. É igual quando você come alguma coisa que bate mal, assim, né? Não tem problema não, tranquilo, a gente continua na luta.
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Continuo a fazer a mesma coisa que eu prometi para os meus eleitores. Não mudei em nada. E vou continuar assim. Eu estava lá fazendo campanha em 2018. Tem que checar, eu não lembro onde estava o Ciro em 2018. Mas eu estava lá fazendo campanha, bastante, para o Bolsonaro, em São Paulo. Mas isso também não vem ao caso; isso está lá no passado, né?
*RAIO-X | MARCOS PONTES, 61
É senador por São Paulo e ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro (PL). Engenheiro aeronáutico e astronauta, tornou-se o primeiro brasileiro a ir ao espaço, em 2006, por meio da Missão Centenário.