O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (19) que é preciso enfrentar as campanhas de ódio, de desinformação e de ataques às instituições brasileiras, feitas pelas redes sociais.


Durante abertura da sessão plenária de julgamento, Barroso disse que é preciso pacificar o Brasil contra o ódio e a intolerância contra quem manifesta opiniões divergentes. “A democracia tem espaço para todos. Mas não tem espaço para a disseminação do ódio, a difusão de mentiras deliberadas e para ataques às instituições”, afirmou o ministro.

Barroso apoiou a decisão do ministro Luis Felipe Salomão ordenou que determinadas plataformas digitais suspendessem os repasses de recursos resultantes de monetização de páginas, cujos responsáveis comprovadamente vêm se dedicando a propagar desinformação e notícias falsas.

"Não se constrói um país com ódio, mentiras e com a difusão de ataques orquestrados e financiados contra as instituições públicas”, acrescentou o presidente da Corte Eleitoral.

Na sessão, o ministro aproveitou a oportunidade para convocar as redes sociais a participarem desta luta coletiva para prevenir a desinformação “para que o bem prevaleça sobre o mal”. “Faço aqui um apelo às plataformas tecnológicas: dinheiro não é tudo na vida. É preciso cultivar valores que mantenham o tecido social com um mínimo de civilidade e de urbanidade”, enfatizou o ministro.

Bolsonaro recua de ataques

Também nesta quitna-feira, Jair Bolsonaro recuou dos ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso e ao corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão. Baixando o tom, o chefe do Executivo federal disse querer “paz e tranquilidade” e afirmou que pode sentar à mesa para dialogar com os ministros.


“A minha voz vai continuar sendo usada. Não estou atacando ninguém, nenhuma instituição. Algumas poucas pessoas estão turvando as águas do Brasil. Quero paz, quero tranquilidade. Converso com o senhor Alexandre de Moraes, se quiser conversar comigo. Converso com o senhor Barroso, se quiser conversar comigo. Converso com o Salomão, se quiser conversar comigo. Ele fala o que ele acha que está certo, eu falo o que acho que está para o lado de cá. E vamos chegar num acordo”, disse Bolsonaro.