O conflito começou após deputada Professora Marcivânia, parlamentar que presidia a sessão no momento, conceder o direito de fala de dois minutos aos representantes das entidades presentes na audiência.
Após a fala da presidente da mesa, alguns parlamentares se manifestaram contra o direito de fala dos representantes e argumentaram que não seria justo os estudantes falarem e, com isso, faltasse tempo aos parlamentares. No momento, ainda faltavam pelo menos 15 líderes para discursar, de acordo com a presidente da mesa.
O deputado Delegado Waldir (PSL), líder do PSL na Câmara, o deputado Éder Mauro (PSD), e a deputada Professora Dayane Pimentel (PSL) foram alguns dos parlamentarem que se manifestaram contra a fala das entidades estudantis.
A deputada Professora Marcivânia afirmou que os parlamentares foram até a mesa para tentar impedir que isso ocorresse. “Infelizmente, eles vieram aqui impedir uma decisão da presidência da Comissão, que era dar voz as instituições representativas dos estudantes. [...] É uma postura antidemocrática, grosseira, que o povo brasileiro não merece”, lamentou ao fim da sessão.
Estavam presentes na sessão a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, e o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Pedro Gorki. Após uma discussão generalizada, os representantes afirmaram que ao se dirigir a mesa para falar com a deputada Marcivânia, os seguranças tentaram os tirar do Plenário.
“Essa seria a primeira oportunidade e o primeiro contato do ministro com os movimentos sociais. Porque incomoda tanto os estudantes falarem na casa do povo?”, questionou Marianna. Antes mesmo de se iniciar a confusão, o ministro da educação foi questionado pela deputada Marcivânia e afirmou que não gostaria de ouvir ambos os representantes.