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Anastasia é ouvido pela PF de BH em inquérito que investiga caixa 2 em campanha

10/05/2019 13h10 - Atualizado em 10/05/2019 13h15 por Renata Evangelista /hojeemdia.com.br


nanar.jpgSenador nega as irregularidades nas doações de campanha / Pedro Franca/Agência Senado

 

O senador mineiro Antonio Anastasia (PSDB) foi ouvido por agentes federais, nesta sexta-feira (10), no inquérito que investiga repasses irregulares na campanha eleitoral de 2010, quando ele foi reeleito governador por Minas Gerais. Após ser convocado pela Polícia Federal (PF), o parlamentar tucano esteve, durante a manhã, na superintendência da corporação, na avenida Prudente de Morais, no bairro Cidade Jardim, região Centro-Sul de Belo Horizonte, para esclarecer dúvidas dos agentes.

Conforme a assessoria do político, Anastasia teve que ir até a sede da PF apenas para "aditar" uma fala dita em 2017, já que, por um erro de digitação, a última linha da declaração não constava no inquérito. Os representantes do senador alegaram que não há nada de novo no inquérito e que Anastasia ficou na PF por 10 minutos, entre 8h e 8h10.

"Por uma falha de digitação, no antigo inquérito 4414, houve necessidade de o senador aditar uma fala sua dita em 2017. Ele passou hoje na unidade policial próxima de seu escritório para resolver isso", comunicaram os representantes do parlamentar. O advogado Carlos Abritta acompanhou o senador. A PF foi procurada pela reportagem, mas não comentou o caso, que segue sob sigilo.

Delação

Com base nas delações da Odebrecht, a investigação apura supostos pedidos irregulares de recursos que o deputado federal Aécio Neves (PSDB) teria feito a executivos da companhia para a campanha de Anastasia ao governo de Minas Gerais, em 2010. Os políticos negam qualquer irregularidade nas doações de campanha.

O inquérito tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) mas, em setembro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes enviou o caso para a Justiça Eleitoral de Minas. A decisão agradou ao parlamentar, que declarou, na época, que é “a prova de que não houve crime”.  “Não há nada ilícito em minha campanha, todas as doações feitas naquele tempo foram regulares e aquela primeira desconfiança que foi colocada pela PGR, de que houve corrupção, se mostrou inverídica. Agora, a dúvida é somente se houve caixa dois, e vai ficar comprovado que não”, disse.