Brasília - Em visita oficial a Roraima nesta segunda-feira, 12, Michel Temer não respondeu se o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, tem condições de seguir no cargo, após dizer que a tendência da PF é de pedir arquivamento do inquérito contra Temer por "falta de Evidências".
Os jornalistas presentes insistiram na pergunta, mas o emedebista apenas sorriu e acenou, sem responder se o diretor-geral continuará no posto. Nos bastidores, o Palácio do Planalto avalia que Segovia errou, criou uma animosidade desnecessária dentro da Polícia Federal e atrapalhou a condução do inquérito.
Temer viajou a Roraima para discutir com a governadora Suely Campos medidas para minimizar o impacto da entrada de milhares de refugiados da Venezuela.
Ele foi recebido com vaias e protesto. A manifestação foi organizada por uma frente de entidades sindicais, como CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Sintauf (Sindicato dos Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Roraima).
Além de cartazes com a inscrição “Fora Temer”, um carro de som foi estacionado próximo ao palácio do governo e veicula críticas às reformas trabalhista e previdenciária. “Nós não vivemos em uma democracia, mas em um período de golpe contra os trabalhadores. Cada dia é um direito a menos”, disse Antonia Pedrosa, secretária estadual de combate ao racismo da CUT e uma das organizadoras do protesto.
Além do presidente, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), também foi criticado na manifestação. No caso dele, contudo, foi colocada também uma faixa agradecendo pelas suas realizações como senador.