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Maria Gomes de Oliveira, Maria de Déa, Santinha, Maria Bonita. Todos esses nomes são daquela que, ao lado de Lampião, se tornou mito no imaginário brasileiro e fez história como a primeira mulher a entrar para o cangaço.
Apesar da força simbólica da dupla, Lampião e Maria Bonita sempre foram retratados de forma desigual: ele, protagonista; ela, mera coadjuvante. A minissérie “Maria e o cangaço” tenta preencher esta lacuna.
Dirigida pelo baiano Sérgio Machado, a atração da plataforma Disney+ se inspira no livro “Maria Bonita: Sexo, violência e mulheres no cangaço” (Objetiva), da jornalista Adriana Negreiros.
A autora aborda a realidade das mulheres que encontravam na “vida fora da lei” uma saída para sobreviver no sertão do Brasil machista dos anos 1930.
Maria (Isis Valverde) é mulher decidida. Aos 15 anos, foi obrigada a se casar com o primo alcoólatra, que a agredia e violentava. Em 1932, quando se passa grande parte da narrativa, ela já integra o bando de Lampião (Júlio Andrade), vivendo os privilégios de ser a companheira do chefe.
Série 'Cangaço novo" é 'nordestern' cheio de emoções
O dinamismo dos episódios é um dos pontos altos da série. Com 30 a 40 minutos, os seis capítulos oscilam entre a gravidez de Maria, em 1932, e a execução do bando, em 1938, pela polícia alagoana.
Explicar os pormenores da vida dos cangaceiros não é a intenção desta produção. Fatos históricos são apenas pano de fundo para a experiência feminina no sertão, o relacionamento dos protagonistas e o nascimento da filha do casal.
A série destaca a hostilidade com que a mulher era tratada no mundo dito civilizado. O machismo fazia com que elas procurassem refúgio no bando de Lampião, confiantes de que parceiros as protegeriam, embora, em alguns casos, eles também fossem agressivos.
A maternidade é o tema central da trama. A vida violenta e o constante perigo de o bando ser apanhado pelo delegado Silvério Batista (Rômulo Braga) tornavam a gravidez indesejada no cangaço.
Logo no início, Maria é enviada para a casa da mãe para ter seu bebê. Após o parto, segue a regra do bando: deixa a criança com a família. Porém, não consegue desapegar da menina, alimentando o ideal de formar uma família com Lampião.
O chefe do cangaço é apaixonado pela parceira. Em diversos momentos, Lampião se vê dividido entre seguir sua sina e agradar à companheira. Por isso, Maria acredita ter controle sobre ele e o grupo, até que o cangaceiro se impõe, agindo violentamente com pessoas queridas por ela.
A dualidade torna os personagens ainda mais interessantes. O povo se divide a respeito de Maria Bonita e Lampião, considerados heróis que resistem ao sistema por alguns e aproveitadores violentos por outros.
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O figurino, assinado por Rita Azevedo, acompanha tal ambiguidade. Peças simples e claras contrastam com vestes adornadas e imponentes, típicas do cangaço.
Heroísmo ou vilania? Isis Valverde e Julio Andrade dominam a complexidade das personalidades de Maria Bonita e Lampião, o casal protagonista desta provocativa área cinzenta da história brasileira.
“MARIA E O CANGAÇO”
A minissérie, com seis episódios, está disponível na plataforma Disney+.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
em.com.br
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A autora aborda a realidade das mulheres que encontravam na “vida fora da lei” uma saída para sobreviver no sertão do Brasil machista dos anos 1930.
Maria (Isis Valverde) é mulher decidida. Aos 15 anos, foi obrigada a se casar com o primo alcoólatra, que a agredia e violentava. Em 1932, quando se passa grande parte da narrativa, ela já integra o bando de Lampião (Júlio Andrade), vivendo os privilégios de ser a companheira do chefe.
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Heroísmo ou vilania? Isis Valverde e Julio Andrade dominam a complexidade das personalidades de Maria Bonita e Lampião, o casal protagonista desta provocativa área cinzenta da história brasileira.
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* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
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