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“Lembro que na época em que foi exibida (a primeira vez) havia uma ‘novela paralela’, que encontrou uma segunda tela”, diz Reinaldo Maximiano, pesquisador em teledramaturgia e professor de comunicação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em referência à repercussão da narrativa nas redes sociais.
Reinaldo vê na história o cumprimento de todos os recursos clássicos do folhetim, os chamados clichês. “A começar pela vingança, que é o mote da novela”, diz. Além disso, o autor soube explorar como poucos as figuras delineadas da vilã, da vítima, do herói e do personagem cômico (clown).
O elemento vingança também é destacado por Mauro Alencar. Doutor em Teledramaturgia pela USP e pós-doutorando no Centro de Estudos e Ciências da Comunicação da Universidade Católica Portuguesa, ele enumera pontos que foram cruciais para o sucesso.
“Personagens carismáticos, multidimensionais em uma trama que flerta com a narrativa seriada e cinematográfica, sem esquecer da base folhetinesca, em especial por meio da heroína vingativa”, analisa.
PAPEL INESQUECÍVEL
Quem também esteve entre os assuntos mais citados do Brasil nas redes, ontem, foi a atriz Adriana Esteves, que encarnou a inescrupulosa Carminha. Ao lado de Odete Roitman (interpretada por Beatriz Segall, em Vale Tudo) e Nazaré Tedesco (Renata Sorrah, em Senhora do Destino), ela é apontada como uma das vilãs mais lembradas pela audiência.
“O ‘bom’ vilão é aquele que melhor movimenta a trama. Mas que também nos faz crer em seus objetivos e em sua beleza sedutora”, observa Alencar. “Há nele uma representação da maldade mítica, ancestral, que por fim representa obstáculos naturais da vida. E que num exercício de projeção psíquica transferimos a nossa sombra”.
Para Reinaldo Maximiano, o fascínio das novelas brasileiras pela figura do anti-herói supera até mesmo o das mexicanas. “Acredito que possa estar ligado à herança de ‘Macunaíma’ e à Lei de Gérson”, diz, referindo-se ao herói sem nenhum caráter criado por Mário de Andrade e à “máxima” segundo a qual os brasileiros tentam levar vantagem em tudo.
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“Lembro que na época em que foi exibida (a primeira vez) havia uma ‘novela paralela’, que encontrou uma segunda tela”, diz Reinaldo Maximiano, pesquisador em teledramaturgia e professor de comunicação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em referência à repercussão da narrativa nas redes sociais.
Reinaldo vê na história o cumprimento de todos os recursos clássicos do folhetim, os chamados clichês. “A começar pela vingança, que é o mote da novela”, diz. Além disso, o autor soube explorar como poucos as figuras delineadas da vilã, da vítima, do herói e do personagem cômico (clown).
O elemento vingança também é destacado por Mauro Alencar. Doutor em Teledramaturgia pela USP e pós-doutorando no Centro de Estudos e Ciências da Comunicação da Universidade Católica Portuguesa, ele enumera pontos que foram cruciais para o sucesso.
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Quem também esteve entre os assuntos mais citados do Brasil nas redes, ontem, foi a atriz Adriana Esteves, que encarnou a inescrupulosa Carminha. Ao lado de Odete Roitman (interpretada por Beatriz Segall, em Vale Tudo) e Nazaré Tedesco (Renata Sorrah, em Senhora do Destino), ela é apontada como uma das vilãs mais lembradas pela audiência.
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