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Skip Jack volta à cena roqueira após 20 anos de ausência

29/11/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h40 por Admin


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Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Banda de rock sem disco é como disputa de Grande Prêmio de F-1 em que o piloto para na última curva antes da bandeirada final. Essa sensação de que “algo está faltando” foi o que levou Maurinho Berrodágua ( também vocalista do Tianastácia), Paulo Renato, Pedro Matos e Terence Machado a cruzarem caminhos, 20 anos após o fim do grupo Skip Jack.
“O que nos motivou a voltar foi não ter conseguido gravar na época”, admite Machado (ele mesmo, o apresentador do programa “Alto Falante”, da Rede Minas, especializado em música). “Naquela época, não se tinha as facilidades de hoje, em que se pode gravar até em casa. Tínhamos repertório, mas disco não”, recorda o baterista.
O CD está pronto, com o mesmíssimo material composto naquela época – uma pegada do rock clássico misturada ao então florescente grunge. Neste sábado, eles subirão ao palco do Jack Rock Bar para lançar, oficialmente, o álbum tão esperado, que brevemente estará disponível também em plataformas digitais.
“Uma de nossas preocupações era de que aquilo poderia soar datado, mas uma das vantagem do rock é que ele nunca envelhece, criando-se novas apropriações”, assinala Machado, que, no fim dos anos 90, ajudou o Skip Jack a se tornar um dos destaques da cena alternativa, com críticas para lá de positivas.
“Tirando o Maurinho, que entrou para o Tianastácia, o resto estava bem enferrujado. O engraçado é que, ao começarmos os ensaios, achávamos que não lembrávamos de mais nada. Mas, quando se trata de uma criação nossa, o cérebro registra mesmo, ficando guardado em um ponto obscuro”, afirma.
Sem gordura
Das quatro músicas registradas numa demo na época, “Anguish” foi parar no CD quase sem retoques, só ganhando uma remasterização. As outras três foram regravadas, com a produção de Thiago Correa e Henrique Matheus. Completam o repertório mais seis canções que só estavam no papel.
“Uma coisa interessante de você voltar ao repertório, 20 anos depois, é que está com outra mentalidade. A gente acabou tirando algumas partes de rock mais progressivo, que, na verdade, eram gordura, pois nada agregavam, só aumentando o tempo da música”, analisa o crítico musical e baterista “ressuscitado”.
Ele se diz preparado para viver o “outro lado”, passando pelo crivo dos jornalistas. “Estamos muito mais relaxados do que 20 anos atrás. Não criamos nenhuma expectativa, querendo viver de música agora. É um hobby levado a sério. De minha parte, estou preparado. Se falarem que é uma m..., beleza!”, diverte-se.
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