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Alguma coisa paira no ar. Mãezinhas procuram abrigos pra dar a luz: ninhadas fracas, o leite seco, a vida só. São frágeis matilhas, colorindo as ruas? São anjos na terra: vagando, vagabundando, ou vagabundeando. Pedaços de mim que se escondem atrás das igrejas, nos terrenos baldios e matagais. Adoram festa. Sempre sobra algum de comer pra nós. Mas as aglomerações acabaram e se esqueceram da gente. Esperar migalhas, um olhar de carinho, um chamado amigo: tudo se foi. Tudo em vão. Almas boas que costumávamos seguir por algumas quadras agora não vem mais. Estamos perdidos pelas ruas novamente. Temos frio, sede e fome de amor. Porque sumiram todos? Não se esqueçam de nós. Não nos abandonem. Não transmitimos Covid-19. Queremos apenas viver com amor. Se puderem deixem água e comida pra nós. Sentimos que há algo estranho no ar: ruas vazias… Mas não se esqueçam de nós
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Alguma coisa paira no ar. Mãezinhas procuram abrigos pra dar a luz: ninhadas fracas, o leite seco, a vida só. São frágeis matilhas, colorindo as ruas? São anjos na terra: vagando, vagabundando, ou vagabundeando. Pedaços de mim que se escondem atrás das igrejas, nos terrenos baldios e matagais. Adoram festa. Sempre sobra algum de comer pra nós. Mas as aglomerações acabaram e se esqueceram da gente. Esperar migalhas, um olhar de carinho, um chamado amigo: tudo se foi. Tudo em vão. Almas boas que costumávamos seguir por algumas quadras agora não vem mais. Estamos perdidos pelas ruas novamente. Temos frio, sede e fome de amor. Porque sumiram todos? Não se esqueçam de nós. Não nos abandonem. Não transmitimos Covid-19. Queremos apenas viver com amor. Se puderem deixem água e comida pra nós. Sentimos que há algo estranho no ar: ruas vazias… Mas não se esqueçam de nós