O governador eleito de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou que sua administração “não será viável”, caso não haja negociação da dívida da União com o governo. Ele esteve em Brasília nesta quarta-feira (14) para a primeira reunião entre os governadores eleitos e reeleitos e o presidente eleito Jair Bolsonaro.
Antes da reunião, o futuro governador de Minas foi questionado pela imprensa sobre as contas do Estado, que amarga um rombo de R$ 11,4 bilhões. Zema disse que só seria possível sanar as dívidas a partir de um acordo com a União.
“Nós vamos diminuir o inchaço, fazer a renegociação da dívida de Minas com a União. Caso contrário, o Estado não será viável”, disse Zema.
Durante a solenidade, os 20 governadores eleitos e reeleitos presentes no evento entregaram uma carta com demandas a Bolsonaro. Cada chefe do Executivo teve seis minutos para explanar as necessidades de seu Estado.
“Mostrei que atualmente o maior problema de Minas é o comprometimento da folha de pagamento. Para que isso seja melhor trabalhado, será preciso haver reformas que passam, necessariamente, pelo Congresso e por propostas de lei do Executivo federal”, disse Zema.
O próximo encontro entre Bolsonaro e os governadores eleitos está marcado para o dia 12 de dezembro, também em Brasília. Em resposta aos governadores, Bolsonaro sinalizou que não deverá evitar o que ele chama de “medidas amargas”.
“Algumas medidas são um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo”, disse o presidente eleito.
Além dos governadores, estiveram presentes na solenidade o futuro ministro da área econômica, Paulo Guedes, o ministro extraordinário e coordenador da transição presidencial, Onyx Lorenzoni (DEM), e os presidentes do Senado, Eunício de Oliveira (MDB), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
Com Agência Brasil