array(31) {
["id"]=>
int(129338)
["title"]=>
string(81) "Vereador de Nova Lima é suspeito de envolvimento em 'rachadinha' e outros crimes"
["content"]=>
string(6607) "OPERAÇÃO CONTRATO LEONINO
O vereador de Nova Lima,na região metropolitana,Tiago Tito (PSD) e o chefe do gabinete dele foram presos, na manhã desta terça-feira (11), suspeitos de ameaçar uma assessora parlamentar que se negou a participar de um esquema de “rachadinha” (esquema em que um servidor público ou prestador de serviços devolve parte de sua remuneração a políticos e assessores).
O promotor de Justiça, Fabrício José Fonseca disse que a ex-funcionária relata que, após as denúncias, chegou a ter o carro queimado a mando de Tito.
“Em razão dessa ameaça, foi decretada a prisão desse vereador, que estava colocando em risco a ordem pública e também a instrução probatória (recolhimento de provas). Esse foi o motivo da prisão dele e de seu assessor, pois eles atuavam em conjunto'', explicou o promotor.
O vereador e o chefe de gabinete são investigados no âmbito da Operação Contrato Leonino da, que apura ao menos oito crimes cometidos dentro da Câmara Municipal da cidade, incluindo rachadinhas. A operação foi deflagrada pela PCMG em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais.
Ao Ministério Público, a assessora ameaçada detalhou o esquema. Segundo o MP, sem precisar ao certo valores, ela recebia, em primeiro momento, um salário de cerca de R $3 mil e repassava quase R $2 mil e ficava com o restante. De acordo com o depoimento da vítima, as ameaças começaram quando ela recebeu um aumento e decidiu não mais participar do esquema.
“Ele passou a receber quase R $9 mil, continuaria recebendo R $2 mil e repassaria cerca de R $7 mil para o parlamentar”, explicou Fabrício Fonseca
O aumento no salário, no entanto, trouxe prejuízos para a assessora, pois ela teve benefícios cortados. Com isso, deixou de fazer os repasses nos termos combinados, o que teria desencadeado o problema com o chefe.
Ainda de acordo com Fonseca, as ameaças teriam se intensificado quando, em um rede social, surgiu o rumor que a assessoria iria denunciar o caso.
Segundo o promotor, o valor desviado e a maneira como o dinheiro oriundo das rachadinhas era lavado para que passasse como lícito ainda não foram descobertas.
Além do crime de ameaça e rachadinha, os investigados são suspeitos de praticar os crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso, dispensa irregular de licitação e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem cumprir de 2 a 12 anos de prisão.
A reportagem tentou contato com o gabinete de Tiago Tito e aguarda retorno.
Investigações
A ação desta terça-feira corresponde à segunda fase da investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção iniciada em 18 de dezembro do ano passado, também na Câmara de Nova Lima, que investigou fraudes no contrato de veículos.
Na ocasião, as autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete de seis vereadores.
Como desdobramentos, o promotor Fabrício Fonseca explicou que o MP e PCMG investigam agora o esquema de rachadinha e se outros vereadores também participavam do esquema na Câmara. Até o momento, foi apurado apenas o envolvimento do vereador preso nesta manhã.
Além disso, as investigações apontam para a prática de favorecimento ilícito de uma empresa do ramo da construção civil da cidade com ligação com o vereador.
“Há indícios que esse empresário contribuiu para a campanha do vereador e recebeu em troca favorecimento nos contratos firmados com o município de Nova Lima”, explicou o promotor. Nesta terça-feira, a operação também cumpriu busca e apreensão na casa do empresário e também na empresa. O MP não divulgou o nome da empresa.
São apurados também pela Operação desvios em contratos celebrados pela Câmara Municipal de Nova Lima.
E por último, os investigadores apuram também suspeita de loteamento de cargo no poder Executivo, que é quando parlamentares indicam pessoas a ocuparem cargos na Prefeitura em troca de aprovação de interesses próprios.
Na manhã desta terça, os agentes cumpriram mais 13 mandados de busca e apreensão em outros endereços contra assessores e um empresário da construção civil do município, supostamente favorecido em licitações fraudulentas.
O que diz a Câmara de Nova Lima
Procurada, a Câmara Municipal de Nova Lima afirmou que a instituição pretende cooperar com as autoridades durante o processo investigativo.
"Com relação ao mandado de busca e apreensão direcionado ao gabinete do vereador Tiago Tito, na manhã desta terca-feira (11), a atual gestão da Câmara Municipal de Nova Lima reitera seu compromisso com a transparência, estando à disposição das autoridades competentes para contribuir no processo investigativo", diz a nota enviada à reportagem.
"
["author"]=>
string(25) "FRANCO MALHEIRO / O TEMPO"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(579280)
["filename"]=>
string(20) "camara-nova-lima.jpg"
["size"]=>
string(6) "368611"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(5) "nova/"
}
["image_caption"]=>
string(57) " Câmara Municipal de Nova Lima /Foto: Fred Magno/O TEMPO"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(139) "Tiago Tito (PSD) e o chefe do gabinete dele foram presos nesta terça por ameaçar uma assessora que abandonou o esquema
"
["author_slug"]=>
string(23) "franco-malheiro-o-tempo"
["views"]=>
int(62)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(78) "vereador-de-nova-lima-e-suspeito-de-envolvimento-em-rachadinha-e-outros-crimes"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(435)
["name"]=>
string(5) "Minas"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(5) "minas"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-05-11 16:13:02.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-05-11 16:13:02.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-05-11T16:10:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(25) "nova/camara-nova-lima.jpg"
}
OPERAÇÃO CONTRATO LEONINO
O vereador de Nova Lima,na região metropolitana,Tiago Tito (PSD) e o chefe do gabinete dele foram presos, na manhã desta terça-feira (11), suspeitos de ameaçar uma assessora parlamentar que se negou a participar de um esquema de “rachadinha” (esquema em que um servidor público ou prestador de serviços devolve parte de sua remuneração a políticos e assessores).
O promotor de Justiça, Fabrício José Fonseca disse que a ex-funcionária relata que, após as denúncias, chegou a ter o carro queimado a mando de Tito.
“Em razão dessa ameaça, foi decretada a prisão desse vereador, que estava colocando em risco a ordem pública e também a instrução probatória (recolhimento de provas). Esse foi o motivo da prisão dele e de seu assessor, pois eles atuavam em conjunto'', explicou o promotor.
O vereador e o chefe de gabinete são investigados no âmbito da Operação Contrato Leonino da, que apura ao menos oito crimes cometidos dentro da Câmara Municipal da cidade, incluindo rachadinhas. A operação foi deflagrada pela PCMG em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais.
Ao Ministério Público, a assessora ameaçada detalhou o esquema. Segundo o MP, sem precisar ao certo valores, ela recebia, em primeiro momento, um salário de cerca de R $3 mil e repassava quase R $2 mil e ficava com o restante. De acordo com o depoimento da vítima, as ameaças começaram quando ela recebeu um aumento e decidiu não mais participar do esquema.
“Ele passou a receber quase R $9 mil, continuaria recebendo R $2 mil e repassaria cerca de R $7 mil para o parlamentar”, explicou Fabrício Fonseca
O aumento no salário, no entanto, trouxe prejuízos para a assessora, pois ela teve benefícios cortados. Com isso, deixou de fazer os repasses nos termos combinados, o que teria desencadeado o problema com o chefe.
Ainda de acordo com Fonseca, as ameaças teriam se intensificado quando, em um rede social, surgiu o rumor que a assessoria iria denunciar o caso.
Segundo o promotor, o valor desviado e a maneira como o dinheiro oriundo das rachadinhas era lavado para que passasse como lícito ainda não foram descobertas.
Além do crime de ameaça e rachadinha, os investigados são suspeitos de praticar os crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso, dispensa irregular de licitação e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem cumprir de 2 a 12 anos de prisão.
A reportagem tentou contato com o gabinete de Tiago Tito e aguarda retorno.
Investigações
A ação desta terça-feira corresponde à segunda fase da investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção iniciada em 18 de dezembro do ano passado, também na Câmara de Nova Lima, que investigou fraudes no contrato de veículos.
Na ocasião, as autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete de seis vereadores.
Como desdobramentos, o promotor Fabrício Fonseca explicou que o MP e PCMG investigam agora o esquema de rachadinha e se outros vereadores também participavam do esquema na Câmara. Até o momento, foi apurado apenas o envolvimento do vereador preso nesta manhã.
Além disso, as investigações apontam para a prática de favorecimento ilícito de uma empresa do ramo da construção civil da cidade com ligação com o vereador.
“Há indícios que esse empresário contribuiu para a campanha do vereador e recebeu em troca favorecimento nos contratos firmados com o município de Nova Lima”, explicou o promotor. Nesta terça-feira, a operação também cumpriu busca e apreensão na casa do empresário e também na empresa. O MP não divulgou o nome da empresa.
São apurados também pela Operação desvios em contratos celebrados pela Câmara Municipal de Nova Lima.
E por último, os investigadores apuram também suspeita de loteamento de cargo no poder Executivo, que é quando parlamentares indicam pessoas a ocuparem cargos na Prefeitura em troca de aprovação de interesses próprios.
Na manhã desta terça, os agentes cumpriram mais 13 mandados de busca e apreensão em outros endereços contra assessores e um empresário da construção civil do município, supostamente favorecido em licitações fraudulentas.
O que diz a Câmara de Nova Lima
Procurada, a Câmara Municipal de Nova Lima afirmou que a instituição pretende cooperar com as autoridades durante o processo investigativo.
"Com relação ao mandado de busca e apreensão direcionado ao gabinete do vereador Tiago Tito, na manhã desta terca-feira (11), a atual gestão da Câmara Municipal de Nova Lima reitera seu compromisso com a transparência, estando à disposição das autoridades competentes para contribuir no processo investigativo", diz a nota enviada à reportagem.