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Ronaldo Batista ocupa o cargo de vereador de BH desde agosto de 2019(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press)
O vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista (PSC) foi encaminhado, na tarde desta quinta-feira (15), ao Ceresp do Bairro Gameleira. Preso preventivamente, ele é suspeito de participar do homicídio de Hamilton Dias de Moura (MDB), vereador em Funilândia, na Região Central de Minas.
Segundo sua defesa, Batista prestou depoimento por cerca de 20 minutos à Polícia Civil.
Na saída do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Lagoinha, antes de ser encaminhado ao presídio, ele negou a participação no assassinato, ocorrido em 23 julho deste ano. O corpo de Hamilton, morto dentro do próprio carro, foi encontrado nas redondezas do Bairro Calafate, em Belo Horizonte.
"Ele (Hamilton) ficou bravo porque assumi o sindicato no lugar dele", se limitou a dizer.
Os dois têm divergências em virtude do comando do Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (SIMECLODIF). Hamilton já havia presidido a entidade, agora dirigida por Batista.
Defesa diz que divergências estão na Justiça
O advogado de Ronaldo Batista, Antônio Moreira Neto, concedeu breve entrevista ao sair do DHPP. Segundo ele, a defesa trabalha para tentar a liberdade provisória do vereador.
Ele garante que os problemas entre Batista e Hamilton não justificariam o cometimento de um homicídio.
"São divergências sindicais que eles têm, mas tudo sempre foi discutido na justiça, tanto que há processos em andamento. Ele não tinha nenhum motivo para tomar qualquer tipo de atitude contra a vítima", afirmou, prometendo comprovar a inocência de seu cliente "no momento certo".
Quem também corrobora a tese é Douglas Batista, filho do vereador preso. De acordo com o homem, as discussões entre seu pai e Hamilton ocorriam por terem "vieses ideológicos diferentes" sobre as ações em prol do sindicato.
Conforme a Polícia Civil, seis pessoas, incluindo o vereador, foram detidas nesta quinta suspeitas de participação na morte do sindicalista.
A corporação prometeu dar detalhes do caso nesta sexta, em entrevista coletiva.
Repercussão do caso fez vereador desistir de reeleição
Ronaldo Batista assumiu uma das 41 cadeiras da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) em agosto de 2019, após Cláudio Duarte (PSL) ser cassado pela prática de "rachadinha".
Batista teve o nome aprovado por seu partido na convenção interna da legenda para tentar a reeleição. Ele, no entanto, acabou desistindo da candidatura – tanto que nem consta na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Questionado sobre o tema ao deixar a delegacia da Polícia Civil, Batista confirmou ter desistido da reeleição por conta da repercussão do caso.
Em agosto, seu gabinete na Câmara foi alvo de mandado de busca e apreensão por causa do caso envolvendo a morte de Hamilton Dias.
Batista foi preso na manhã desta quinta, no Bairro Castelo. Ele chegou à delegacia por volta das 12h30, permanecendo no local até pouco depois das 16h.
Procurada, a Câmara disse que não vai se manifestar sobre o caso, já que o processo corre em segredo de justiça e não tem relação com o mandato legislativo exercido por Batista.
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Repercussão do caso fez vereador desistir de reeleição
Ronaldo Batista assumiu uma das 41 cadeiras da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) em agosto de 2019, após Cláudio Duarte (PSL) ser cassado pela prática de "rachadinha".
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