Após atuar nas buscas às vítimas do rompimento da barragem da Vale,

israelenses devem deixar Minas Gerais na tarde desta quinta

tropa

Militares participaram de solenidade de agradecimento e despedida no 12º BI, no Barro Preto(foto: Divulgação)


Os 136 soldados e oficiais israelenses que estavam desde o último domingo em Minas Gerais para ajudar nas buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Grande BH, se despedem do Brasil nesta quinta-feira. Policiais militares do estado, integrantes do Comando Aéreo e do Corpo de Bombeiros participaram de uma solenidade de agradecimento e despedida da tropa nesta manhã no 12º Batalhão de Infantaria (BI), no Barro Preto, em Belo Horizonte.
Na cerimônia, o coronel Golan Vach, chefe da delegação, disse que se sente honrado em ter contribuído com os trabalhos, chamou os brasileiros de amigos e colocou um patch do Brasil em um dos braços. Ainda durante a solenidade, o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, agradeceu aos militares e falou sobre a importância de uma parceria tecnológica entre os dois países para melhorar a vida da população. O governador Romeu Zema (Novo) também estava presente.
Já em relação ao retorno das tropas israelenses, o governo brasileiro não sabia explicar exatamente as razões à noite. A divisão de protagonismo de trabalho no socorro às vítimas da tragédia de Brumadinho tem causado vários "curtos-circuitos" entre o governo de Minas e as Forças Armadas. Essas colocaram um contingente de mil homens, desde sexta-feira, para auxiliar no resgate de sobreviventes. Só que não houve solicitação de uso do grupo. O governo de Minas informou que não havia necessidade daquele tipo de apoio e, se precisasse, solicitaria. A avaliação de militares é de que o salvamento de Brumadinho "está muito politizado".
Os militares começaram a trabalhar na segunda-feira e foram informados de declarações do comandante das operações de resgate, tenente-coronel Eduardo Ângelo, de que os equipamentos trazidos de Israel para Brumadinho (MG) não eram efetivos para esse tipo de desastre. Questionado, o governo de Minas Gerais esclareceu que "não houve recusa de colaboração de militares" e tropas federais poderão ser solicitadas "caso haja necessidade". Um voo de Confins para Tel Aviv está previsto para as 17h de hoje.