O Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana (SEC) estimou, nesta segunda-feira (11), que entre 20 e 30 mil trabalhadores do comércio já tenham sido demitidos desde março na capital mineira, período em que se iniciaram as medidas de fechamento de lojas. Apesar das perdas, a entidade acredita que ainda não é o momento de reabertura das lojas.

De acordo com José Clóvis Rodrigues, presidente do SEC, os dados de demissões e mesmo de suspensões de contrato de trabalho, permitidos durante a pandemia de Covid-19, são de difícil acesso na atualidade devido a dois fatores principais: o primeiro é que, desde que entrou em vigor a nova legislação trabalhista, os sindicatos perderam a função de homologar e acompanhar desligamentos de funcionários.


Outro ponto apontado por Rodrigues para a dificuldade em obter dados sobre encerramentos de contratos é que ainda não foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, relacionados a 2020. "Nossa estimativa de demissões, válida para pequenas e médias empresas, é voltada principalmente para o segmento lojista, que está há 50 dias ou mais com atividades paradas", afirmou o gestor.

O presidente do sindicato ainda afirmou que espera que o comércio possa retornar às atividades o mais breve possível, desde que respeitando as autoridades de saúde. "Querer que eu comério volte, a gente quer, mas que seja com segurança para nossos funcionários e para a população em geral. Com base nas autoridades de saúde e no que temos visto em outras caiptais, eu acho prematuro, mesmo tomando todos os cuidados, retornar ao trabalho nesse momento", disse.

A reportagem entrou em contato com o Sindicato do Comércio Lojista de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), entidade que representa os donos de lojas, mas ainda não obteve retorno.