Coordenador da equipe de transição de Zema diz que desativação do espaço não gera economia divulgada pela gestão petista
O vereador Mateus Simões (Novo), que coordena os trabalhos da equipe de transição do futuro governador, Romeu Zema (Novo), questionou os dados da gestão de Fernando Pimentel (PT) sobre o Palácio Tiradentes, um dos edifícios do complexo Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. Em fevereiro deste ano, o governo petista desativou o local e se transferiu para o Palácio da Liberdade sob a alegação de que o espaço custaria aos cofres públicos R$ 5 milhões ao ano e, com a mudança, a economia seria de, pelo menos, 40% desse valor em insumos diversos, manutenção de rotina e consumo de energia elétrica e água. Simões afirma que esse número não corresponde à realidade.
"Há uma ilusão de que uma economia muito grande por ele não estar sendo utilizado, mas não há. Definitivamente, não é verdade. O Palácio Tiradentes continua sendo mantido. O que há de economia hoje é o desligamento da energia elétrica e a diminuição da intensidade de limpeza", diz o aliado do futuro governador.
A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (16) após vistoria da comissão de transição no Palácio Tiradentes. A intenção, contou Simões, é que Romeu Zema utilize o local para fins administrativos já no dia 2 de janeiro: "A ideia da visita de hoje era entender se é possível vir para cá em janeiro, e vimos que é. Com poucos ajustes, nos parece que o local está pronto para ser usado. Não há nada deteriorado ou degradado. Há alguns vazamentos e infiltrações, mas nada muito sério."
Para Simões, atualmente há um problema de logística. Ele diz que Fernando Pimentel está a 30 quilômetros de distância dos secretários e existe um deslocamento contínuo de helicóptero para as cerimônias na Cidade Administrativa, o que representa mais um custo aos cofres do Estado.
Com a ida de Romeu Zema para a Cidade Administrativa, a expectativa é que o Palácio da Liberdade, usado atualmente por Pimentel como sede do governo, volte a integrar o Circuito Cultural da região e funcione como um museu aberto para a visitação da população.
Até fevereiro deste ano, o Palácio Tiradentes também abrigava a vice-governadoria, o gabinete militar, o cerimonial e a assessoria de imprensa, além das secretarias de Governo e a Casa Civil. Todos esses órgãos tiveram que ser realocados para os prédios Minas e Gerais, que integram o complexo administrativo do governo estadual, no bairro Serra Verde, na região de Venda Nova.
Transição. Mateus Simões contou que a equipe daria sequência às atividades nesta sexta-feira na Cidade Administrativa, sem pautas específicas. Ele afirmou que o anúncio dos primeiros nomes que irão compor o governo Zema será feito na próxima semana. O secretariado completo do governador eleito por quase sete milhões de mineiros será conhecido ao longo do mês de dezembro.