O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol/MG) manteve o protesto da categoria agendado desde o mês passado para esta terça-feira (28/10). Durante um mês, a categoria não foi procurada pelo governo para discutir as reivindicações e pode definir, durante o protesto, se paralisa as atividades. 

Inicialmente, a manifestação será na Praça da Assembleia, em Belo Horizonte. Não está descartada uma passeata durante a área central da capital mineira como forma de chamar a atenção da sociedade para as pautas defendidas pelos policiais.

De acordo com o Sindpol, a manifestação ocorre diante do persistente cenário de desvalorização e abandono da categoria pelo governo de Romeu Zema (Novo). “Atualmente, os policiais civis de Minas Gerais recebem o 4º pior salário do Brasil e enfrentam o pior desenvolvimento de carreira entre todas as forças de segurança pública. Investigadores e escrivães ganham menos que praças da Polícia Militar e policiais penais, mesmo sendo responsáveis por investigações complexas e prisões de líderes de facções criminosas. Além disso, o déficit de efetivo é alarmante, obrigando servidores a acumularem funções e trabalharem em delegacias sucateadas, sem viaturas abastecidas e sem condições mínimas de estrutura. A sobrecarga tem levado ao adoecimento físico e mental de policiais em todo o estado”, diz nota da entidade.

O presidente do sindicato, Wemerson Oliveira, disse esperar o maior número possível de policiais civis no ato. Ele ressalta a grande defasagem salarial, o “pior desenvolvimento de carreira entre as forças de segurança pública do estado” e a importância da votação na assembleia-geral, que vai definir os rumos a serem tomados. O sindicato disse ter procurado o vice-governador Mateus Simões, em exercício no governo até semana passada, mas sem resposta. A reportagem procurou o governo e aguarda posicionamento.